quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mostra Cultural Consciência Negra.

MOSTRA
CULTURAL
CONSCIÊNCIA NEGRA 2009 -
NA UNICASTELO
EDUCANDO PARA A DIVERSIDADE



KIZOMBA: FESTA DA DIVERSIDADE
SÁBADO
DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2009
Local: Espaço Dinda – Campus II Unicastelo
Programação
  • 13h00
    Filme: “Kiriku e a feiticeira”
    Documentário: “Pronúncias da Diversidade”
    Local: Sala de Atos/Direito – Campus II Unicastelo
  • 14h00-18h00
    Apresentação musical
    Desfile de moda afro
    Roda de capoeira
    Sarau de poesia (trazer poemas)
    Som Dance – DJ Tita
    Exposição de Livros
    Comidas Típicas

Realização e Organização:

Professor Bas'Ilele, Estudante de história Rose (4° semestre), Coletivo dos Centros Acadêmicos de Filosofia, História e Artes, Willians (Dinda) e demais Estudantes de Artes, Filosofia e História.

Tá todo mundo convidado

Participe!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Solano Trindade.

O poeta carregava na pele negra as motivações de sua luta. Mas a epiderme do artista não era o único motivo. A causa era maior, era da maioria. Era a fome amontoada na maria fumaça da Leopoldina. Estava nas caras tristes e cansadas que lotavam os vagões da locomotiva logo de manhã, os rostos que, no mesmo trem, seguiam tristes e exaustos ao entardecer. Francisco Solano Trindade, que completaria 100 anos em 24 de julho de 2008, cantava em seus versos a realidade dos morros, as mazelas de um país adepto do racismo cordial. As situações acima, presentes no cotidiano de milhares de brasileiros até hoje, tornam os textos do “Poeta do Povo” incontestavelmente atuais e fazem do centenário deste artista mais que uma data comemorativa.

Solano nasceu no bairro de Bom Jesus, em Recife, Pernambuco. Filho da quituteira Emerenciana e do sapateiro Manoel Abílio, viveu em um lar católico, apesar de seu pai incorporar entidades às escondidas. “Meu avô se fazia de católico na frente dos outros, mas eu o via dentro do quarto virar no santo e falar ioruba”, afirma a folclorista, artista plástica e escritora Raquel Trindade, filha de Solano.
O poeta não tinha religião nenhuma até conhecer sua primeira esposa, Margarida, que freqüentava a Igreja Presbiteriana. A paixão pela mulher com nome de flor levou o artista ao caminho religioso. “Uma negra me levou a Deus”, cantou em uma de suas poesias. Solano chegou ao cargo de diácono na Presbiteriana, mas abdicou da vida cristã ao perceber que a instituição religiosa não se preocupava com as dificuldades enfrentadas pelos negros, nem com os problemas sociais. “Baseado em um versículo da bíblia que diz ‘Se tu não amas a seu irmão a quem vês como podes amar a Deus a quem não vês? ’ ele saiu da igreja”, explica a filha do artista.
De cristão presbiteriano o poeta passa a militante comunista assim que chega ao Rio de Janeiro, em meados da década de 40. Após filiar-se ao partido de Luiz Carlos Prestes, Solano Trindade fez em Caxias a célula Tiradentes na qual se reuniam operários e camponeses. “Papai tinha um caixote de cebola que ele fazia de estante. Lá estavam juntos a Bíblia e O Capital, de Karl Marx”, relembra Raquel.

Por sua poesia carregada de significado e em virtude de seu engajamento político, Solano foi preso duas vezes pela ditadura militar do Estado Novo. Na primeira oportunidade, estava em um comício e foi solto logo. Entretanto, na segunda vez, levaram-no à cadeia os versos da poesia Tem Gente Com Fome, publicada no livro Poema de Uma Vida Simples, de 1944. O poeta ficou desaparecido por alguns dias. “Os policiais chegaram revirando tudo, dizendo que ele guardava armas em casa. A polícia o levou e o manteve incomunicável, minha mãe de prisão em prisão procurando por ele, até que o encontramos em um presídio na Rua da Relação (RJ)”.

O Partido Comunista também não supriu as necessidades igualitárias de Solano Trindade. Segundo Raquel, para os correligionários do poeta o problema do negro era só econômico, não racial. Descontente, o artista se desliga das atividades políticas, mas já no fim da vida. “Apesar de tudo, papai morreu socialista.”

O Poeta do Povo

A preocupação de Solano era o povo. Grande parte de sua obra é voltadas à valorização da cultura negra e à luta contra a desigualdade social e racial no Brasil. Mas as mulheres também tiveram espaço entre os versos do poeta, como pode ser observado no texto Linda Negra, do livro Cantares do Meu Povo, de 1961. “Naquela Noite/ ficou o teu olhar branco/ vagando no escuro/ entre ternura e medo/ teus olhos grandes/ dançavam como loucos/ na música do silêncio”. “As grandes musas dele eram o povo e as mulheres”, afirma Raquel. Solano casou-se três vezes e teve seis filhos, todos com sua primeira mulher.

Além de poeta, Solano Trindade era artista plástico, teatrólogo, ator e com a primeira de suas três esposas, Margarida da Trindade, aprendeu o ofício de folclorista. Foi na companhia de Margarida, e do etnólogo Edson Carneiro que, em 1950, ele funda o Teatro Popular Brasileiro – TPB. O casal Trindade ainda ajudou Aroldo Costa a montar o Teatro Folclórico, rebatizado posteriormente como Brasiliana.

Contrariando o que dizem muitos sítios na internet, o poeta não participou da fundação do Teatro Experimental do Negro. Segundo Raquel Trindade, o TEN foi criado por Abdias do Nascimento. “O Abdias tinha os parceiros dele, mas nenhum era papai”, pontua.

Na mídia pouco se houve falar de Solano Trindade. Não era, e ainda não é, conveniente tocar nas feridas não cicatrizadas da história. “Para a mídia é muito complicado, amedronta falar sobre Solano Trindade”, explica a filha do poeta.

Tem gente que continua com fome. O trem sujo segue carregando as caras tristes sem destino que esperam a próxima parada. E os versos do Poeta do Povo permanecem atuais, fazendo eco nos becos.

Solano das Artes em Embu

Em 1961, recém-chegados da Europa, Solano e um grupo com mais de trinta bailarinos estavam em São Paulo para a apresentação de um espetáculo, quando receberam do escultor Claudionor Assis Dias, o Assis do Embu, um convite para visitar a cidade paulistana. Assis já havia falado sobre Solano Trindade a outro escultor, Tadakio Sakai, ao qual propôs mais contato com o poeta para que Sakai levasse às suas obras a temática negra. A “caravana” na qual também estava a família de Solano, aceitou a proposta de Assis, que fez as vezes de anfitrião hospedando o grupo em sua casa. “Todo mundo dormia amontoado na sala”, conta Raquel.

Além de Sakai e Assis, já estavam em Embu artistas como a pintora Azteca e o também escultor Cássio M’Boy. Com a chegada de Solano, montou-se um movimento artístico coletivo no “Barraco do Assis”. “Eles começaram a fazer festas que duravam três dias, faziam espetáculos na rua, exposições na rua, tudo isso em 1961”, relembra a folclorista. Essas manifestações ajudaram a dar origem ao nome Embu das Artes, que fez do município paulistano um lugar conhecido internacionalmente.

Em Embu, Solano virou nome de uma rua no centro expandido da cidade. Neste mesmo município, sua filha Raquel criou o Teatro Popular Solano Trindade e, juntamente com ela, netos e bisnetos do artista cuidam para que a memória do Poeta do Povo permaneça viva. No Recife, cidade natal do escritor, uma estátua de Solano em tamanho natural, feita pelo escultor Demétrio, encontra-se no Pátio de São Pedro. No Rio de Janeiro uma biblioteca leva seu nome e no Museu Afro Brasil, dentro do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, uma foto (“feia”, na opinião de Raquel) e um quadro relembram o artista. Seus poemas transpuseram fronteiras fazendo com que ele conquistasse admiradores em países como Tchecoslováquia e Polônia.

Solano faleceu em 1974, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, para onde voltou já doente. Foi sepultado no Cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá, ao contrário do que dizem relatos recorrentes de que o poeta teria sido enterrado como indigente. “Minha mãe e minha irmã fizeram para ele um enterro decente”, afirma Raquel Trindade.

Fonte: Círculo Palmarino (http://www.circulopalmarino.org.br/)

Solano Trindade nasceu no bairro de São José (Recife-PE), em 24 de julho de 1908. Filho do sapateiro Manuel Abílio e da quituteira Emerenciana, mais conhecida como Merença. Ele foi pintor, teatrólogo, folclorista, ator e, sobretudo, poeta da resistência negra. Em 1936, fundou a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-brasileiro.

Cesar Battisti.

Carta de Anita Leocádia Prestes a Lula

Exmo. Sr. Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva.

Na qualidade de filha de Olga Benário Prestes, extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha nazista, para ser sacrificada numa câmera de gás, sinto-me no dever de subscrever a carta escrita pelo Sr. Carlos Lungarzo da Anistia Internacional (em anexo), na certeza de que seu compromisso com a defesa dos direitos humanos não permitirá que seja cometido pelo Brasil o crime de entregar Cesare Battisti a um destino semelhante ao vivido por minha mãe e minha família.
Atenciosamente,
Anita Leocádia Prestes

Carta aberta de Cesare Battisti a Lula e ao Povo Brasileiro
14 de Novembro de 2009
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA AO POVO BRASILEIRO

“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”. (O homem em revolta - Albert Camus)

Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.
Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida. A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados. Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam! Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum. Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabem qual outro impedimento à extradição. Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato. E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em "GREVE DE FOME TOTAL", com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.
Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.
Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!
Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.

Cesar Battisti

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fim do 13º já foi aprovado na Câmara - falta o Senado.

Estou repassando o email que recebi. Isso já estava em discussão desde 2000, e agora na calada da noite a câmara federal aprovou o fim do 13º salário, só resta o senado. Porém acredito que o senado não faça isso, pois existe um acordo político entre os partidos que compõe a maioria no senado e a aprovação dessa medida seria uma crise que poderia estourar e prejudicar ainda mais o cenário político do Brasil, já defasado por sinal.
ATENÇÃO AOS NOMES E OS PARTIDOS DESSES DEPUTADOS QUE APROVARAM O FIM DO BENEFÍCIO. A MAIORIA SÃO PSDB E DEM (ANTIGO PFL), ALÉM DE UMA ALA DO PMDB, DO PPS E DO SAFADO SEVERINO CAVALCANTI PPB, QUE AINDA MANTÉM SEU CARGO.
Rui

Fim do 13º já foi aprovado na Câmara - falta o Senado Enquanto a gente se distrai com estas CPIs o Congresso continua votando outros assuntos de nosso interesse e a gente nem percebe...vejam essa: Fim do 13º já foi aprovado na Câmara (PFL, PMDB, PPB, PPS, PSDB ) Para conhecimento, O fim do 13º salário já foi aprovado na Câmara para alteração do art. 618 da CLT. Já foi aprovado na Câmara e encaminhado para o Senado. Provavelmente será votado após as eleições, é claro... A maioria dos deputados federais que estão neste momento tentando aprovar no Senado o Fim do 13º salário, inclusive da Licença Maternidade e Férias (pagas em 10 vezes) são do PFL e PSDB. As próprias mordomias e as vergonhosas ajudas de custo de todo tipo que recebem, eles não cortam. Conheça a cara dos safados que votaram a favor deste Projeto em todo Brasil. Por favor, repassem para o maior número de pessoas possíveis, afinal eles são candidatos fortes nas próximas eleições:
1- INOCÊNCIO OLIVEIRA-PFL
2- JOEL DE HOLLANDA - PFL
3 - JOSÉ MENDONÇA BEZERRA-PFL
4- OSVALDO COELHO - PFL
5- ARMANDO MONTEIRO-PMDB
6- SALATIEL CARVALHO-PMDB
7- PEDRO CORRÊA - PPB
8- RICARDO FIÚZA-PPB
9 -SEVERINO CAVALCANTE - PPB
10- CLEMENTINO COELHO - PPS
11- CARLOS BATATA-PSDB
12- JOÃO COLAÇO - PSDB
13- JOSÉ MÙCIO MONTEIRO-PSDB
DIVULGUEM!!!
Agora, enquanto isso, eles distraem a gente com referendos ridículos!!!!! E, nas votações que realmente importam, não nos cabe participar???? Cadê os caras pintadas???? Povo que derruba presidente?????? Gente é hora de acordar antes que seja tarde d+!!!!!!!!!! NINGUÉM É TÃO FORTE QUANTO TODOS NÓS JUNTOS!!!!!!!! Divulguem!!! E não fique só reclamando do nosso país!!!!
PRECISAMOS REAGIR VOCES SABIAM QUE SE A MAIORIA DOS VOTOS EM UMA ELEIÇÃO FOR NULO (NÃO EM BRANCO) A ELEIÇÃOTEM QUE SER CANCELADA E OS POLITICOS CANDITADOS FICAM 4 ANOS SEM PODER SE CANDIDATAR. E NO PRAZO DE UM MÊS DEVERA TER OUTRA ELEIÇÃO COM NOVOS CANDIDATOS....... SO QUE ISSO NUNCA É DIVULGADO, PORQUE COM CERTEZA NOSSA FORÇA ESTA AIPENSEI NISSO.......

sábado, 14 de novembro de 2009

Orgulho de Ser Assentado.


Até o dia 20/11, a Assembléia Legislativa de São Paulo recebe a exposição fotográfica "Orgulho de Ser Assentado". Composta por 60 imagens, o trabalho realizado pelo fotógrafo Douglas Mansur relata a luta dos quilombolas e assentados no estado de São Paulo. A abertura da exposição acontece na segunda-feira (16/11), às 16h. A visitação é livre.

A Reforma Agrária em movimento

A história precisa ser discernida e não somente conhecida, a fotografia como instrumento pedagógico e de documentação, exerce um importante papel na construção da memória coletiva dos atores sociais envolvidos, na transformação da sociedade, na construção de uma sociedade justa e fraterna.

É uma singela contribuição que nos permite visualizar um “antes” e um “depois” na caminhada de homens, de mulheres e de crianças que lutam pela conquista da terra, pelo direito à cidadania, pelo direito ao trabalho e a renda em diversas cidades do estado de São Paulo.

Por intermédio das imagens captadas, ao longo de trinta anos, é possível acompanhar a transformação dos acampados em assentados e quilombolas o seu permanente movimento rumo ao desenvolvimento sustentável dos Assentamentos da Reforma Agrária do estado de São Paulo.

A luta dos quilombolas, assentados e assentadas e o avanço das políticas públicas, conduzidas pelo INCRA-SP, podem ser constados pelo aumento da participação da agricultura familiar no desenvolvimento socioeconômico da região, pelas ações voltadas para a garantia da educação, inclusão digital, acesso aos serviços de saúde e à previdência social.

“O orgulho de ser assentado – A Reforma Agrária em movimento” é fruto de um olhar amoroso e de esperança do fotógrafo Douglas Mansur, cuja trajetória é marcada pelo seu constante e incessante envolvimento com os movimentos sociais e rurais.

As imagens que veremos nos comunicam os valores, as crenças e o sentido histórico dos fatos que movem os quilombolas, assentados e assentadas a lutarem pela conquista da terra e o seu orgulho em saber que o futuro das futuras gerações, a justiça social e a paz no campo também brotam das suas mãos.

Orgulho de Ser Assentado.


Não vamos nos calar


6 de novembro de 2009

Parcelas da classe dominante - setores do Poder Judiciário, do Congresso Nacional, do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público e da mídia - estão articulando mais uma ofensiva contra o MST e os trabalhadores. Podemos observar essa ofensiva na criação de mais uma CPI para investigar o Movimento, a terceira instalada nos últimos quatro anos. Isso se mostra também pela reação dos meios de comunicação frente aos protestos no Pará.

Além da perseguição policial direta e do Estado atuar como protetor do latifúndio, agora se busca construir uma deslegitimação do movimento camponês, com a intenção de se criar uma repulsa social contra os trabalhadores organizados. Apresentam nosso Movimento não apenas como violento, mas como agente de corrupção.

Isso não quer dizer que as antigas fórmulas tenham sido abandonadas. Em diversos estados, os pistoleiros ainda abrem fogo contra os sem-terra, às vezes à luz do dia. Recentemente, podemos lembrar o assassinato de Elton Brum, no Rio Grande do Sul, ou os 18 trabalhadores baleados pela escolta armada da Agropecuária Santa Bárbara, no Pará.

O que os agentes defensores da estrutura agrária do país não querem mostrar é que o Brasil apresenta a pior concentração de terra do mundo. Nunca fez Reforma Agrária, ao contrário de todos os países desenvolvidos. O agronegócio, que se diz desenvolvido, produz menos de 15% dos alimentos que vão para a mesa da população. Os índices de produtividade estão atrasados desde 1975. Ainda existe latifúndio, agora aliado com transnacionais, e ele ainda mata, tortura, explora e oprime os trabalhadores rurais.

O Brasil ainda não respondeu sua dívida histórica com os pobres do campo. E nós não vamos desistir de lutar, de denunciar os crimes que são cometidos dia após dia. Essas empresas que fazem propaganda na televisão estão roubando as terras da União, como é o caso da Cutrale, em São Paulo. Estão explorando o solo com uma quantidade absurda de agrotóxicos, dando ao Brasil o título de maior consumidor de venenos do mundo.

E porque não nos calamos, seguem nos perseguindo. Estamos fazendo uma campanha internacional para denunciar o processo de criminalização que o MST e os pobres do campo vêm sofrendo. Damos o nome de criminalização às ações de agentes estatais, como os políticos e a mídia, que visam reprimir os movimentos sociais e seus militantes como criminosos, ou criar condições para que a repressão aconteça.

Querem nos isolar, retirar o apoio que a sociedade brasileira historicamente deu à Reforma Agrária. Mas estamos atentos. Recentemente, um manifesto assinado por intelectuais teve a adesão de mais de cinco mil pessoas, que denunciam a criminalização de nossa luta. Agora estamos percorrendo organismos internacionais para que o mundo saiba o que setores retrógrados do Brasil fazem com seus trabalhadores. Fomos à Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, um órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos.

E principalmente: nos comprometemos a seguir defendendo a Constituição Federal, que diz que a terra deve cumprir sua função social. Se querem criminalizar a luta por um direito, é nosso dever denunciar as imensas injustiças que forjaram a construção desse país. Não vamos nos calar.

Secretaria Nacional do MST

Filmes.

SOBRE O FILME:

“Linha de Passe” narra o conturbado dia-a-dia de quatro irmãos e uma mãe que, por conta dos limites da vida, tentam se reinventar a todo instante. Reginaldo (Kaique Jesus Santos), o mais novo e único negro na família, se sente deslocado pela sua diferença racial e passa a procurar obsessivamente seu pai biológico; Dario (Vinícius de Oliveira) sonha com uma carreira de jogador de futebol, mas, aos dezoito anos, não consegue de forma alguma um espaço dentro de um clube esportivo; Dinho (José Geraldo Rodrigues), que esconde um passado comprometedor, busca redenção na religião evangélica; Dênis (João Baldasserini), o mais velho e o mais ousado dos outros irmãos, tenta correr atrás de seus objetivos em cima de uma motocicleta. No centro desta família está Cleuza (Sandra Corveloni), 42 anos, grávida do quinto filho. Ela trabalha duro como empregada doméstica enquanto luta para manter os filhos na linha.
Direção: Walter Salles / Daniela Thomas


DEBATEDORES:


Walter Salles,
Diretor de filme como Central do Brasil, Diários da Motocicletas, o Linha de passe entre outros, belos filmes....

João Pedro Stédile,´
"Economista", já é "sócio" do Domingo é dia de Cinema, Membro da direção nacional do MST, é "adorado" pela revista VEJA

Marcelo Freixo,
Professor de História (quase Geografia), Deputado estadual pelo PSOL e presidente da CPI das milícias, onde arrumou alguns inimigos.

Mc Leonardo,
Funqueiro da melhor espécie, escreve para a Revista Caros Amigos e é Presidente da Apafunk

Claudia Santiago,
Jornalista, quase professora de História, membro do NPC, um dos promotores do Domingo é dia de Cinema

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Atividade do Cursinho Comunitário Chico Mendes.

EVENTO CULTURAL

Participação de banda, músico regional, grupo de teatro e Hip Hop

KTARSE
CIA PORTA-TRECO
FERNANDO ASSIS
BANDA CARMA

Dia 14 de novembro (Sábado) à partir das 15:00 H
Local: Centro Cultural de Palmeiras
Rua Crispim Adelino Cardoso, 45 – Vila Júlia

Arte é a ferramenta para a transformação... nos permite crescer como indivíduo e viver em coletividade!

Organização: Cursinho Comunitário Chico Mendes
Apoio: Centro Cultural de Palmeiras

Acontece na Escola Livre (na Fundação Santo André).

A Escola Livre de Ciências Humanas e Artes convida você para participar do curso:
Cine Arte, a história da arte através do cinema
Gontran Guannaes Netto
Dia: 14/11Horário: 16:30h Local: Auditório da FAFIL (pinicão)

Aula 5 : Picasso

Os cursos são abertos a todos, gratuitos e livre de burocracia.
João

Debate no CEDEM.

Consciência Negra
Clóvis Moura: a sua militância e intelectualidade
Debate Cedem/Unesp

Rebeliões da Senzala (Edições Zumbi – 1959, São Paulo) de Clóvis Moura (1925-2003), livro que completa cinquenta anos de publicação, será o centro do debate no próximo dia 19 de novembro, quinta-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.
Enquanto a maioria dos estudiosos pertencente à geração do autor procurava em suas pesquisas desvendar o lado etnográfico e folclórico do negro, Clóvis Moura dirigiu a sua pesquisa para o campo histórico, pois, para ele, era o que poderia explicar a questão do negro no Brasil. Caio Prado Junior (1907-1990) em carta endereçada ao autor se referiu ao livro como “um ponto de partida, que nos faltava, para a sistematização e compreensão geral de um assunto de considerável importância para nossa historiografia”.
A obra analisa as formas mais destacadas de resistência dos escravos, como: os quilombos, as insurreições e as guerrilhas que se estenderam até a abolição da escravatura. Além disso, apesar de ser a documentação esparsa e pouco acessível, em quase todas as regiões brasileiras, mostra como essas lutas foram muito mais profundas e duradouras do que pretendem alguns pesquisadores que veem no escravo negro um elemento dócil.
Uma vez que no dia 20 de novembro celebramos na cidade de São Paulo o feriado do Dia Nacional da Consciência Negra, dedicado à reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira, faz-se importante nos unirmos para uma breve discussão sobre a questão étnico-racial e seus desdobramentos na conjuntura do país em que vivemos. Esta data em que se rememora o assassinato de Zumbi dos Palmares tem o sentido de evocação de um passado de luta e resistência diante da aparente impotência gerada pela escravidão na colônia portuguesa e esta efeméride contrapõe-se à comemoração da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, data que por muito tempo representou a redenção dos escravos.

Debatedores
Soraya Moura
Historiadora - USP
Pesquisadora e Coordenadora de Projetos do Memorial do Imigrante
Filha de Clóvis Moura
João Baptista Borges Pereira
Doutor em Antropologia - USP, Professor da USP e do Mackenzie
Presidente da Comissão Permanente de Políticas Públicas para a População Negra da USP

Mediadora
Célia Reis Camargo
Doutora em História Social - UNESP
Professora do Depto de História - UNESP/Assis
Coordenadora do CEDEM

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Local: CEDEM/UNESP – Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé)
Quando: 19/11/09 às 18h30 – 5ª feira – (11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

domingo, 8 de novembro de 2009

20 de Novembro Dia da Consciência Negra. Já está rolando as atividades na Unicastelo.


OFICINAS
07/NOV
Horário: 10 – 12:30 h/14 – 16:30 h
Cinema
Música – Hip Hop
Cultura – Fórum Africa
Estética – Trança
Cultura Roda de Capoeira
Literatura - Contos Africanos
14/NOV
Horário: 10 – 12:30 h/ 14 – 16:30 h
Musica - Afro/Clássica
Artes da Mandala
Dança Afro
Dança do Ventre
INSCRIÇÕES:
Local: Central de Cursos
E-mail: consciencianegra2009@ig.com.br
Fone: 011 – 2070-0000//0126
Gratuito - Aberto a todos e entrega de Certificados aos participantes.

MOSTRA CULTURAL
CONSCIÊNCIA NEGRA
“Educando para a Diversidade”

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Virada Russa no Centro Cultural do Banco do Brasil.

Promenade (foto), de Chagall, é uma das 123 peças expostas no CCBB

Virada Russa no Centro Cultural do Banco do Brasil.


Até 15 de novembro
De terça a domingo, das 10h às 20h
CCBB - Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares
Classificação: Livre
Entrada franca
A exposição Virada Russa foca sua atenção na produção artística criada na Rússia desde o começo do século XX até a década de 1930, importante não apenas para a cultura russa, mas para toda a arte internacional daquele período.
O conjunto de obras selecionadas inclui a produção de importantes artistas do período, como Kandinsky, Maliévitch, Chagall, Rodchenko, Tátlin, Goncharova, entre outros. Ao todo, são 123 obras, todas pertencentes ao acervo do Museu Estatal de São Petersburgo. A mostra tem curadoria de Yevgenia Petrova, Joseph Kiblitsky, Rodolfo de Athaydee Ania Rodríguez Alonso.