terça-feira, 15 de dezembro de 2009

MST



(Foto: João Zinclar)

Do Brasil de Fato


Truculência da polícia deixa dois trabalhadores feridos

Sem ordem judicial, PM usa violência para despejar trabalhadores


Duzentas famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram violentamente expulsas pela Força Tática da Polícia Militar (PM) na manhã desta quarta-feira (15/12), durante a segunda tentativa de ocupar as terras públicas griladas pela Usina Santa Elisa, localizada no município de Americana, interior do estado de São Paulo. Na ação a polícia utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha. Dois trabalhadores ficaram feridos.

Na década de 1970, a área foi desapropriada da família Abdalla, em virtude de grandes dívidas em impostos e taxas que tinha com o governo federal, estadual e municipal.

Em 2006, a Usina Ester recebeu uma notificação judicial para desocupar a área. Segundo oficiais de justiça, os responsáveis pela usina não foram localizados para a entrega da notificação. Desde então, a Justiça não cumpriu sua própria decisão, intimada há três anos a deixar a área.

“O que acontece aqui é um absurdo. O estado usa a polícia, que usa a violência, para expulsar trabalhadores sem uma ordem judicial de uma área que é sua. Os policiais estavam fazendo papel de segurança privada”, critica Paulo Albuquerque, coordenador do MST presente na ocupação.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mostra Cultural Consciência Negra.

MOSTRA
CULTURAL
CONSCIÊNCIA NEGRA 2009 -
NA UNICASTELO
EDUCANDO PARA A DIVERSIDADE



KIZOMBA: FESTA DA DIVERSIDADE
SÁBADO
DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2009
Local: Espaço Dinda – Campus II Unicastelo
Programação
  • 13h00
    Filme: “Kiriku e a feiticeira”
    Documentário: “Pronúncias da Diversidade”
    Local: Sala de Atos/Direito – Campus II Unicastelo
  • 14h00-18h00
    Apresentação musical
    Desfile de moda afro
    Roda de capoeira
    Sarau de poesia (trazer poemas)
    Som Dance – DJ Tita
    Exposição de Livros
    Comidas Típicas

Realização e Organização:

Professor Bas'Ilele, Estudante de história Rose (4° semestre), Coletivo dos Centros Acadêmicos de Filosofia, História e Artes, Willians (Dinda) e demais Estudantes de Artes, Filosofia e História.

Tá todo mundo convidado

Participe!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Solano Trindade.

O poeta carregava na pele negra as motivações de sua luta. Mas a epiderme do artista não era o único motivo. A causa era maior, era da maioria. Era a fome amontoada na maria fumaça da Leopoldina. Estava nas caras tristes e cansadas que lotavam os vagões da locomotiva logo de manhã, os rostos que, no mesmo trem, seguiam tristes e exaustos ao entardecer. Francisco Solano Trindade, que completaria 100 anos em 24 de julho de 2008, cantava em seus versos a realidade dos morros, as mazelas de um país adepto do racismo cordial. As situações acima, presentes no cotidiano de milhares de brasileiros até hoje, tornam os textos do “Poeta do Povo” incontestavelmente atuais e fazem do centenário deste artista mais que uma data comemorativa.

Solano nasceu no bairro de Bom Jesus, em Recife, Pernambuco. Filho da quituteira Emerenciana e do sapateiro Manoel Abílio, viveu em um lar católico, apesar de seu pai incorporar entidades às escondidas. “Meu avô se fazia de católico na frente dos outros, mas eu o via dentro do quarto virar no santo e falar ioruba”, afirma a folclorista, artista plástica e escritora Raquel Trindade, filha de Solano.
O poeta não tinha religião nenhuma até conhecer sua primeira esposa, Margarida, que freqüentava a Igreja Presbiteriana. A paixão pela mulher com nome de flor levou o artista ao caminho religioso. “Uma negra me levou a Deus”, cantou em uma de suas poesias. Solano chegou ao cargo de diácono na Presbiteriana, mas abdicou da vida cristã ao perceber que a instituição religiosa não se preocupava com as dificuldades enfrentadas pelos negros, nem com os problemas sociais. “Baseado em um versículo da bíblia que diz ‘Se tu não amas a seu irmão a quem vês como podes amar a Deus a quem não vês? ’ ele saiu da igreja”, explica a filha do artista.
De cristão presbiteriano o poeta passa a militante comunista assim que chega ao Rio de Janeiro, em meados da década de 40. Após filiar-se ao partido de Luiz Carlos Prestes, Solano Trindade fez em Caxias a célula Tiradentes na qual se reuniam operários e camponeses. “Papai tinha um caixote de cebola que ele fazia de estante. Lá estavam juntos a Bíblia e O Capital, de Karl Marx”, relembra Raquel.

Por sua poesia carregada de significado e em virtude de seu engajamento político, Solano foi preso duas vezes pela ditadura militar do Estado Novo. Na primeira oportunidade, estava em um comício e foi solto logo. Entretanto, na segunda vez, levaram-no à cadeia os versos da poesia Tem Gente Com Fome, publicada no livro Poema de Uma Vida Simples, de 1944. O poeta ficou desaparecido por alguns dias. “Os policiais chegaram revirando tudo, dizendo que ele guardava armas em casa. A polícia o levou e o manteve incomunicável, minha mãe de prisão em prisão procurando por ele, até que o encontramos em um presídio na Rua da Relação (RJ)”.

O Partido Comunista também não supriu as necessidades igualitárias de Solano Trindade. Segundo Raquel, para os correligionários do poeta o problema do negro era só econômico, não racial. Descontente, o artista se desliga das atividades políticas, mas já no fim da vida. “Apesar de tudo, papai morreu socialista.”

O Poeta do Povo

A preocupação de Solano era o povo. Grande parte de sua obra é voltadas à valorização da cultura negra e à luta contra a desigualdade social e racial no Brasil. Mas as mulheres também tiveram espaço entre os versos do poeta, como pode ser observado no texto Linda Negra, do livro Cantares do Meu Povo, de 1961. “Naquela Noite/ ficou o teu olhar branco/ vagando no escuro/ entre ternura e medo/ teus olhos grandes/ dançavam como loucos/ na música do silêncio”. “As grandes musas dele eram o povo e as mulheres”, afirma Raquel. Solano casou-se três vezes e teve seis filhos, todos com sua primeira mulher.

Além de poeta, Solano Trindade era artista plástico, teatrólogo, ator e com a primeira de suas três esposas, Margarida da Trindade, aprendeu o ofício de folclorista. Foi na companhia de Margarida, e do etnólogo Edson Carneiro que, em 1950, ele funda o Teatro Popular Brasileiro – TPB. O casal Trindade ainda ajudou Aroldo Costa a montar o Teatro Folclórico, rebatizado posteriormente como Brasiliana.

Contrariando o que dizem muitos sítios na internet, o poeta não participou da fundação do Teatro Experimental do Negro. Segundo Raquel Trindade, o TEN foi criado por Abdias do Nascimento. “O Abdias tinha os parceiros dele, mas nenhum era papai”, pontua.

Na mídia pouco se houve falar de Solano Trindade. Não era, e ainda não é, conveniente tocar nas feridas não cicatrizadas da história. “Para a mídia é muito complicado, amedronta falar sobre Solano Trindade”, explica a filha do poeta.

Tem gente que continua com fome. O trem sujo segue carregando as caras tristes sem destino que esperam a próxima parada. E os versos do Poeta do Povo permanecem atuais, fazendo eco nos becos.

Solano das Artes em Embu

Em 1961, recém-chegados da Europa, Solano e um grupo com mais de trinta bailarinos estavam em São Paulo para a apresentação de um espetáculo, quando receberam do escultor Claudionor Assis Dias, o Assis do Embu, um convite para visitar a cidade paulistana. Assis já havia falado sobre Solano Trindade a outro escultor, Tadakio Sakai, ao qual propôs mais contato com o poeta para que Sakai levasse às suas obras a temática negra. A “caravana” na qual também estava a família de Solano, aceitou a proposta de Assis, que fez as vezes de anfitrião hospedando o grupo em sua casa. “Todo mundo dormia amontoado na sala”, conta Raquel.

Além de Sakai e Assis, já estavam em Embu artistas como a pintora Azteca e o também escultor Cássio M’Boy. Com a chegada de Solano, montou-se um movimento artístico coletivo no “Barraco do Assis”. “Eles começaram a fazer festas que duravam três dias, faziam espetáculos na rua, exposições na rua, tudo isso em 1961”, relembra a folclorista. Essas manifestações ajudaram a dar origem ao nome Embu das Artes, que fez do município paulistano um lugar conhecido internacionalmente.

Em Embu, Solano virou nome de uma rua no centro expandido da cidade. Neste mesmo município, sua filha Raquel criou o Teatro Popular Solano Trindade e, juntamente com ela, netos e bisnetos do artista cuidam para que a memória do Poeta do Povo permaneça viva. No Recife, cidade natal do escritor, uma estátua de Solano em tamanho natural, feita pelo escultor Demétrio, encontra-se no Pátio de São Pedro. No Rio de Janeiro uma biblioteca leva seu nome e no Museu Afro Brasil, dentro do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, uma foto (“feia”, na opinião de Raquel) e um quadro relembram o artista. Seus poemas transpuseram fronteiras fazendo com que ele conquistasse admiradores em países como Tchecoslováquia e Polônia.

Solano faleceu em 1974, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, para onde voltou já doente. Foi sepultado no Cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá, ao contrário do que dizem relatos recorrentes de que o poeta teria sido enterrado como indigente. “Minha mãe e minha irmã fizeram para ele um enterro decente”, afirma Raquel Trindade.

Fonte: Círculo Palmarino (http://www.circulopalmarino.org.br/)

Solano Trindade nasceu no bairro de São José (Recife-PE), em 24 de julho de 1908. Filho do sapateiro Manuel Abílio e da quituteira Emerenciana, mais conhecida como Merença. Ele foi pintor, teatrólogo, folclorista, ator e, sobretudo, poeta da resistência negra. Em 1936, fundou a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-brasileiro.

Cesar Battisti.

Carta de Anita Leocádia Prestes a Lula

Exmo. Sr. Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva.

Na qualidade de filha de Olga Benário Prestes, extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha nazista, para ser sacrificada numa câmera de gás, sinto-me no dever de subscrever a carta escrita pelo Sr. Carlos Lungarzo da Anistia Internacional (em anexo), na certeza de que seu compromisso com a defesa dos direitos humanos não permitirá que seja cometido pelo Brasil o crime de entregar Cesare Battisti a um destino semelhante ao vivido por minha mãe e minha família.
Atenciosamente,
Anita Leocádia Prestes

Carta aberta de Cesare Battisti a Lula e ao Povo Brasileiro
14 de Novembro de 2009
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA AO POVO BRASILEIRO

“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”. (O homem em revolta - Albert Camus)

Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.
Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida. A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados. Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam! Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum. Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabem qual outro impedimento à extradição. Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato. E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em "GREVE DE FOME TOTAL", com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.
Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.
Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!
Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.

Cesar Battisti

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fim do 13º já foi aprovado na Câmara - falta o Senado.

Estou repassando o email que recebi. Isso já estava em discussão desde 2000, e agora na calada da noite a câmara federal aprovou o fim do 13º salário, só resta o senado. Porém acredito que o senado não faça isso, pois existe um acordo político entre os partidos que compõe a maioria no senado e a aprovação dessa medida seria uma crise que poderia estourar e prejudicar ainda mais o cenário político do Brasil, já defasado por sinal.
ATENÇÃO AOS NOMES E OS PARTIDOS DESSES DEPUTADOS QUE APROVARAM O FIM DO BENEFÍCIO. A MAIORIA SÃO PSDB E DEM (ANTIGO PFL), ALÉM DE UMA ALA DO PMDB, DO PPS E DO SAFADO SEVERINO CAVALCANTI PPB, QUE AINDA MANTÉM SEU CARGO.
Rui

Fim do 13º já foi aprovado na Câmara - falta o Senado Enquanto a gente se distrai com estas CPIs o Congresso continua votando outros assuntos de nosso interesse e a gente nem percebe...vejam essa: Fim do 13º já foi aprovado na Câmara (PFL, PMDB, PPB, PPS, PSDB ) Para conhecimento, O fim do 13º salário já foi aprovado na Câmara para alteração do art. 618 da CLT. Já foi aprovado na Câmara e encaminhado para o Senado. Provavelmente será votado após as eleições, é claro... A maioria dos deputados federais que estão neste momento tentando aprovar no Senado o Fim do 13º salário, inclusive da Licença Maternidade e Férias (pagas em 10 vezes) são do PFL e PSDB. As próprias mordomias e as vergonhosas ajudas de custo de todo tipo que recebem, eles não cortam. Conheça a cara dos safados que votaram a favor deste Projeto em todo Brasil. Por favor, repassem para o maior número de pessoas possíveis, afinal eles são candidatos fortes nas próximas eleições:
1- INOCÊNCIO OLIVEIRA-PFL
2- JOEL DE HOLLANDA - PFL
3 - JOSÉ MENDONÇA BEZERRA-PFL
4- OSVALDO COELHO - PFL
5- ARMANDO MONTEIRO-PMDB
6- SALATIEL CARVALHO-PMDB
7- PEDRO CORRÊA - PPB
8- RICARDO FIÚZA-PPB
9 -SEVERINO CAVALCANTE - PPB
10- CLEMENTINO COELHO - PPS
11- CARLOS BATATA-PSDB
12- JOÃO COLAÇO - PSDB
13- JOSÉ MÙCIO MONTEIRO-PSDB
DIVULGUEM!!!
Agora, enquanto isso, eles distraem a gente com referendos ridículos!!!!! E, nas votações que realmente importam, não nos cabe participar???? Cadê os caras pintadas???? Povo que derruba presidente?????? Gente é hora de acordar antes que seja tarde d+!!!!!!!!!! NINGUÉM É TÃO FORTE QUANTO TODOS NÓS JUNTOS!!!!!!!! Divulguem!!! E não fique só reclamando do nosso país!!!!
PRECISAMOS REAGIR VOCES SABIAM QUE SE A MAIORIA DOS VOTOS EM UMA ELEIÇÃO FOR NULO (NÃO EM BRANCO) A ELEIÇÃOTEM QUE SER CANCELADA E OS POLITICOS CANDITADOS FICAM 4 ANOS SEM PODER SE CANDIDATAR. E NO PRAZO DE UM MÊS DEVERA TER OUTRA ELEIÇÃO COM NOVOS CANDIDATOS....... SO QUE ISSO NUNCA É DIVULGADO, PORQUE COM CERTEZA NOSSA FORÇA ESTA AIPENSEI NISSO.......

sábado, 14 de novembro de 2009

Orgulho de Ser Assentado.


Até o dia 20/11, a Assembléia Legislativa de São Paulo recebe a exposição fotográfica "Orgulho de Ser Assentado". Composta por 60 imagens, o trabalho realizado pelo fotógrafo Douglas Mansur relata a luta dos quilombolas e assentados no estado de São Paulo. A abertura da exposição acontece na segunda-feira (16/11), às 16h. A visitação é livre.

A Reforma Agrária em movimento

A história precisa ser discernida e não somente conhecida, a fotografia como instrumento pedagógico e de documentação, exerce um importante papel na construção da memória coletiva dos atores sociais envolvidos, na transformação da sociedade, na construção de uma sociedade justa e fraterna.

É uma singela contribuição que nos permite visualizar um “antes” e um “depois” na caminhada de homens, de mulheres e de crianças que lutam pela conquista da terra, pelo direito à cidadania, pelo direito ao trabalho e a renda em diversas cidades do estado de São Paulo.

Por intermédio das imagens captadas, ao longo de trinta anos, é possível acompanhar a transformação dos acampados em assentados e quilombolas o seu permanente movimento rumo ao desenvolvimento sustentável dos Assentamentos da Reforma Agrária do estado de São Paulo.

A luta dos quilombolas, assentados e assentadas e o avanço das políticas públicas, conduzidas pelo INCRA-SP, podem ser constados pelo aumento da participação da agricultura familiar no desenvolvimento socioeconômico da região, pelas ações voltadas para a garantia da educação, inclusão digital, acesso aos serviços de saúde e à previdência social.

“O orgulho de ser assentado – A Reforma Agrária em movimento” é fruto de um olhar amoroso e de esperança do fotógrafo Douglas Mansur, cuja trajetória é marcada pelo seu constante e incessante envolvimento com os movimentos sociais e rurais.

As imagens que veremos nos comunicam os valores, as crenças e o sentido histórico dos fatos que movem os quilombolas, assentados e assentadas a lutarem pela conquista da terra e o seu orgulho em saber que o futuro das futuras gerações, a justiça social e a paz no campo também brotam das suas mãos.

Orgulho de Ser Assentado.


Não vamos nos calar


6 de novembro de 2009

Parcelas da classe dominante - setores do Poder Judiciário, do Congresso Nacional, do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público e da mídia - estão articulando mais uma ofensiva contra o MST e os trabalhadores. Podemos observar essa ofensiva na criação de mais uma CPI para investigar o Movimento, a terceira instalada nos últimos quatro anos. Isso se mostra também pela reação dos meios de comunicação frente aos protestos no Pará.

Além da perseguição policial direta e do Estado atuar como protetor do latifúndio, agora se busca construir uma deslegitimação do movimento camponês, com a intenção de se criar uma repulsa social contra os trabalhadores organizados. Apresentam nosso Movimento não apenas como violento, mas como agente de corrupção.

Isso não quer dizer que as antigas fórmulas tenham sido abandonadas. Em diversos estados, os pistoleiros ainda abrem fogo contra os sem-terra, às vezes à luz do dia. Recentemente, podemos lembrar o assassinato de Elton Brum, no Rio Grande do Sul, ou os 18 trabalhadores baleados pela escolta armada da Agropecuária Santa Bárbara, no Pará.

O que os agentes defensores da estrutura agrária do país não querem mostrar é que o Brasil apresenta a pior concentração de terra do mundo. Nunca fez Reforma Agrária, ao contrário de todos os países desenvolvidos. O agronegócio, que se diz desenvolvido, produz menos de 15% dos alimentos que vão para a mesa da população. Os índices de produtividade estão atrasados desde 1975. Ainda existe latifúndio, agora aliado com transnacionais, e ele ainda mata, tortura, explora e oprime os trabalhadores rurais.

O Brasil ainda não respondeu sua dívida histórica com os pobres do campo. E nós não vamos desistir de lutar, de denunciar os crimes que são cometidos dia após dia. Essas empresas que fazem propaganda na televisão estão roubando as terras da União, como é o caso da Cutrale, em São Paulo. Estão explorando o solo com uma quantidade absurda de agrotóxicos, dando ao Brasil o título de maior consumidor de venenos do mundo.

E porque não nos calamos, seguem nos perseguindo. Estamos fazendo uma campanha internacional para denunciar o processo de criminalização que o MST e os pobres do campo vêm sofrendo. Damos o nome de criminalização às ações de agentes estatais, como os políticos e a mídia, que visam reprimir os movimentos sociais e seus militantes como criminosos, ou criar condições para que a repressão aconteça.

Querem nos isolar, retirar o apoio que a sociedade brasileira historicamente deu à Reforma Agrária. Mas estamos atentos. Recentemente, um manifesto assinado por intelectuais teve a adesão de mais de cinco mil pessoas, que denunciam a criminalização de nossa luta. Agora estamos percorrendo organismos internacionais para que o mundo saiba o que setores retrógrados do Brasil fazem com seus trabalhadores. Fomos à Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, um órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos.

E principalmente: nos comprometemos a seguir defendendo a Constituição Federal, que diz que a terra deve cumprir sua função social. Se querem criminalizar a luta por um direito, é nosso dever denunciar as imensas injustiças que forjaram a construção desse país. Não vamos nos calar.

Secretaria Nacional do MST

Filmes.

SOBRE O FILME:

“Linha de Passe” narra o conturbado dia-a-dia de quatro irmãos e uma mãe que, por conta dos limites da vida, tentam se reinventar a todo instante. Reginaldo (Kaique Jesus Santos), o mais novo e único negro na família, se sente deslocado pela sua diferença racial e passa a procurar obsessivamente seu pai biológico; Dario (Vinícius de Oliveira) sonha com uma carreira de jogador de futebol, mas, aos dezoito anos, não consegue de forma alguma um espaço dentro de um clube esportivo; Dinho (José Geraldo Rodrigues), que esconde um passado comprometedor, busca redenção na religião evangélica; Dênis (João Baldasserini), o mais velho e o mais ousado dos outros irmãos, tenta correr atrás de seus objetivos em cima de uma motocicleta. No centro desta família está Cleuza (Sandra Corveloni), 42 anos, grávida do quinto filho. Ela trabalha duro como empregada doméstica enquanto luta para manter os filhos na linha.
Direção: Walter Salles / Daniela Thomas


DEBATEDORES:


Walter Salles,
Diretor de filme como Central do Brasil, Diários da Motocicletas, o Linha de passe entre outros, belos filmes....

João Pedro Stédile,´
"Economista", já é "sócio" do Domingo é dia de Cinema, Membro da direção nacional do MST, é "adorado" pela revista VEJA

Marcelo Freixo,
Professor de História (quase Geografia), Deputado estadual pelo PSOL e presidente da CPI das milícias, onde arrumou alguns inimigos.

Mc Leonardo,
Funqueiro da melhor espécie, escreve para a Revista Caros Amigos e é Presidente da Apafunk

Claudia Santiago,
Jornalista, quase professora de História, membro do NPC, um dos promotores do Domingo é dia de Cinema

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Atividade do Cursinho Comunitário Chico Mendes.

EVENTO CULTURAL

Participação de banda, músico regional, grupo de teatro e Hip Hop

KTARSE
CIA PORTA-TRECO
FERNANDO ASSIS
BANDA CARMA

Dia 14 de novembro (Sábado) à partir das 15:00 H
Local: Centro Cultural de Palmeiras
Rua Crispim Adelino Cardoso, 45 – Vila Júlia

Arte é a ferramenta para a transformação... nos permite crescer como indivíduo e viver em coletividade!

Organização: Cursinho Comunitário Chico Mendes
Apoio: Centro Cultural de Palmeiras

Acontece na Escola Livre (na Fundação Santo André).

A Escola Livre de Ciências Humanas e Artes convida você para participar do curso:
Cine Arte, a história da arte através do cinema
Gontran Guannaes Netto
Dia: 14/11Horário: 16:30h Local: Auditório da FAFIL (pinicão)

Aula 5 : Picasso

Os cursos são abertos a todos, gratuitos e livre de burocracia.
João

Debate no CEDEM.

Consciência Negra
Clóvis Moura: a sua militância e intelectualidade
Debate Cedem/Unesp

Rebeliões da Senzala (Edições Zumbi – 1959, São Paulo) de Clóvis Moura (1925-2003), livro que completa cinquenta anos de publicação, será o centro do debate no próximo dia 19 de novembro, quinta-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.
Enquanto a maioria dos estudiosos pertencente à geração do autor procurava em suas pesquisas desvendar o lado etnográfico e folclórico do negro, Clóvis Moura dirigiu a sua pesquisa para o campo histórico, pois, para ele, era o que poderia explicar a questão do negro no Brasil. Caio Prado Junior (1907-1990) em carta endereçada ao autor se referiu ao livro como “um ponto de partida, que nos faltava, para a sistematização e compreensão geral de um assunto de considerável importância para nossa historiografia”.
A obra analisa as formas mais destacadas de resistência dos escravos, como: os quilombos, as insurreições e as guerrilhas que se estenderam até a abolição da escravatura. Além disso, apesar de ser a documentação esparsa e pouco acessível, em quase todas as regiões brasileiras, mostra como essas lutas foram muito mais profundas e duradouras do que pretendem alguns pesquisadores que veem no escravo negro um elemento dócil.
Uma vez que no dia 20 de novembro celebramos na cidade de São Paulo o feriado do Dia Nacional da Consciência Negra, dedicado à reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira, faz-se importante nos unirmos para uma breve discussão sobre a questão étnico-racial e seus desdobramentos na conjuntura do país em que vivemos. Esta data em que se rememora o assassinato de Zumbi dos Palmares tem o sentido de evocação de um passado de luta e resistência diante da aparente impotência gerada pela escravidão na colônia portuguesa e esta efeméride contrapõe-se à comemoração da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, data que por muito tempo representou a redenção dos escravos.

Debatedores
Soraya Moura
Historiadora - USP
Pesquisadora e Coordenadora de Projetos do Memorial do Imigrante
Filha de Clóvis Moura
João Baptista Borges Pereira
Doutor em Antropologia - USP, Professor da USP e do Mackenzie
Presidente da Comissão Permanente de Políticas Públicas para a População Negra da USP

Mediadora
Célia Reis Camargo
Doutora em História Social - UNESP
Professora do Depto de História - UNESP/Assis
Coordenadora do CEDEM

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Local: CEDEM/UNESP – Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé)
Quando: 19/11/09 às 18h30 – 5ª feira – (11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

domingo, 8 de novembro de 2009

20 de Novembro Dia da Consciência Negra. Já está rolando as atividades na Unicastelo.


OFICINAS
07/NOV
Horário: 10 – 12:30 h/14 – 16:30 h
Cinema
Música – Hip Hop
Cultura – Fórum Africa
Estética – Trança
Cultura Roda de Capoeira
Literatura - Contos Africanos
14/NOV
Horário: 10 – 12:30 h/ 14 – 16:30 h
Musica - Afro/Clássica
Artes da Mandala
Dança Afro
Dança do Ventre
INSCRIÇÕES:
Local: Central de Cursos
E-mail: consciencianegra2009@ig.com.br
Fone: 011 – 2070-0000//0126
Gratuito - Aberto a todos e entrega de Certificados aos participantes.

MOSTRA CULTURAL
CONSCIÊNCIA NEGRA
“Educando para a Diversidade”

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Virada Russa no Centro Cultural do Banco do Brasil.

Promenade (foto), de Chagall, é uma das 123 peças expostas no CCBB

Virada Russa no Centro Cultural do Banco do Brasil.


Até 15 de novembro
De terça a domingo, das 10h às 20h
CCBB - Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares
Classificação: Livre
Entrada franca
A exposição Virada Russa foca sua atenção na produção artística criada na Rússia desde o começo do século XX até a década de 1930, importante não apenas para a cultura russa, mas para toda a arte internacional daquele período.
O conjunto de obras selecionadas inclui a produção de importantes artistas do período, como Kandinsky, Maliévitch, Chagall, Rodchenko, Tátlin, Goncharova, entre outros. Ao todo, são 123 obras, todas pertencentes ao acervo do Museu Estatal de São Petersburgo. A mostra tem curadoria de Yevgenia Petrova, Joseph Kiblitsky, Rodolfo de Athaydee Ania Rodríguez Alonso.

sábado, 31 de outubro de 2009

Lançamento do Site do Instituto Luiz Carlos Prestes - ILCP.

"Com o sítio do Instituto Luiz Carlos Prestes, pretende-se dar visibilidade à iniciativa de um grupo de companheiros e amigos do Cavaleiro da Esperança, decididos a construir uma entidade de perfil cultural, cujo objetivo será preservar e difundir a vida e a memória desse grande brasileiro - patriota, revolucionário e comunista.
Seus fundadores se propõem a contribuir tanto para a preservação do acervo documental relacionado a Luiz Carlos Prestes e a Olga Benário Prestes quanto para a pesquisa do seu legado histórico. Pretendem que o Instituto Luiz Carlos Prestes seja um centro de pesquisa, de divulgação e de debate dos problemas relacionados com a luta por uma perspectiva socialista para o Brasil e a América Latina, assim como para toda a humanidade.
O sítio do ILCP estará aberto a colaborações que, a critério dos fundadores da entidade, correspondam aos objetivos acima definidos."
( Reproduzido do sítio do ILCP: "Quem somos" )

Nação Zumbi.

TODOS OS SONS

Nação Zumbi no SESC Itaquera


Dia 22/11 Domingo, às 15h.

A banda pernambucana apresenta o show com novo gênero: frevo Travaperna e o repertório do CD Fome de Tudo com música com World metal, coco dub, ciranda psicodélica, psichocarimbó, baião cyberdélico e muito mais em canções poderosas como “Onde Tenho Que Ir”, “Inferno”, “Toda Surdez Será Castigada”, e “Bossa Nostra”. Palco da Orquestra Mágica.

Livre para todos os públicos

Sebastião Salgado.









O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundp. Salgado, que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prémios de fotografia em todo o mundo. "Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado. "Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo."
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Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado é o sexto e o único filho homem de uma família com oito filhos. Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. De Paris, onde vivia, Salgado viajou para cobrir acontecimentos como as guerras na Angola e no Saara espanhol, o sequestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente, passou a dedicar-se a projectos de documentários mais elaborados e pessoais. Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países.
:Fotógrafo reconhecido internacionalmente e adepto da tradição da "fotografia engajada", Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Em 1994 fundou sua própria agência de notícias, a Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado mora actualmente em Paris com sua esposa e colaboradora, Lélia Wanick Salgado, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.

Acontece no espaço Dolores Boca Aberta, aos sábados das 22 as 04 hs.

Nosso espetáculo tem a pretensiosa vontade de narrar a saga da aventura humana. Para contar esta história, utilizamos três prismas diferentes e simultaneamente unos, a saber:
1) o desenvolvimento do ser humano como ser social em sua saga histórica;
2) a construção da cidade como fruto e estímulo da ação do ser social;
3) a formação da consciência do indivíduo como apreensão particular do ser social;
Junto disso cabe a reflexão sobre a construção do herói e as grupalizações humanas que criam a figura do líder.
O primeiro ato que traz consigo um apêndice, um prólogo alerta aos viajantes, versa sobre o movimento do ser social construtor de história, da cidade, do capital. Esse movimento passa pelo deslocamento/migração, aglomeração no espaço urbano, industrialização (automotiva, construção civil) e favelização. No seio desse deslocamento opera a ideologia que tenta pinçar a idéia de herói na figura dos escolhidos que são exemplo da funcionalidade do sistema. Um sistema hierárquico onde a perseverança, a resignação, a força de vontade, a competência individual, a competitividade, a rejeição do erro dentre tantas outras idéias são postas como características naturais e quando não como ideais de busca individual. Apresentar esse sistema é uma das tarefas da encenação do primeiro ato, apresentar as estruturas da construção da cidade é outra.
Esta é a apresentação do intenso movimento de inúmeros personagens reprodutores da vida e que na somatória de suas experiências alienadas, sem se darem conta, constroem a cidade, a sociedade e a história.
O segundo ato divide o público em dois grupos. A cisão dá-se de forma brusca. Num lado, o refugo humano vítima do despejo de uma favela; noutro, o seleto grupo de possíveis compradores de apartamentos de luxo em região nobre da cidade.
Os despejados ficarão em céu aberto e os privilegiados no conforto das poltronas dentro da sala de apresentações. Nestes contextos aprofundamos as contradições da sociedade espetacularizada, em meio a luta de classes, em duas abordagens:
1) As grupalizações que reproduzem o ideário dominante sem a clara percepção de que o fazem.
2) O asfixiante universo do indivíduo atomizado e consumidor das benesses e fetiches capitalistas.
A trajetória humana apresentada aparentemente redunda num circuito fechado onde não há espaço para a transformação da vida social. O ciclo perfeito se rompe justo pela imperfeição e a novidade das relações sociais que reproduzem um modo/sistema, mas carregam consigo a imperfeição e a impossibilidade da exata repetição dos eventos. , Entendemos imperfeição ou erro ou falta como virtude capaz de por em cheque todo e qualquer sistema que busca a perfeição na reprodução de sua própria existência.
Soma-se a este esquema a tentativa de grupos humanos de analisar a realidade social e projetar caminhos para a transformação da realidade. A festa, ou terceiro ato, traz a possibilidade de quebra de alguns padrões e em posse de parcial liberdade, pois, mesmo aí a determinação social opera, experimentamos a bruma de um porvir, o projeto de sociedade descolado das cercas da ideologia dominante. A mesma festa é apresentada como o mergulho coletivo nas entranhas da sociedade do espetáculo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Acontece no Museu Afro Brasil.


http://www.museuafrobrasil.com.br/


Exposição PICHA chega ao Brasil e destaca universo das Histórias em Quadrinhos africanas

De 15 de outubro a 08 de novembro

Picha reúne obras de artistas de 16 países do Continente Africano, além de originais de desenhos, álbuns, revistas , publicações e um importante banco de dados com informações sobre desenhistas, chargistas e caricaturistas. Além dos artistas africanos, participam da mostra o norte-americano David Brown, que virá ao Brasil especialmente para participar da programação do evento e o cartunista brasileiro e co-curador da exposição, Maurício Pestana, apresentando semelhanças e diferenças dos desenhos afro-descendentes destes dois países, junto com seus pares na África. A curadoria é da professora e pesquisadora de Histórias em Quadrinhos, Dra. Sonia M. Bibe Luyten.

No dia 14, às 20h, no auditório do Museu Afro Brasil, haverá abertura com uma Mesa de Debate sobre o tema da exposição, com as presenças de David Brown, Maurício Pestana e do pesquisador Nobuyoshi Chinen, da Universidade de São Paulo (USP), contando com a mediação de Sonia Luyten. Capacidade 150 pessoas.


“Os Mágicos Olhos das Américas”

Mega-exposição apresenta obras de artistas ibero-americanos

Até dia 06 de dezembro de 2009

Com a curadoria de Emanoel Araujo, a mostra reúne mais de 300 obras de artistas nacionais e estrangeiros, destacando as potencialidades da cultura ibero-americana e a produção artística dos países latino americanos. A concepção dessa exposição baseia-se na contribuição cultural de cada um destes países na Ibero Americanidade, de sua formação arcaica e ancestral e dos seus novos caminhos estéticos onde essa união se faz entre europeus e os latino americanos. A exposição apresenta ainda o fazer dos povos da terra, arte indígena brasileira, arte pré-colombiana do Peru, México, Argentina e do Brasil. A arte africana de diferentes etnias representa os africanos trazidos para as Américas como escravos e produtores das riquezas aqui encontradas. A exposição também homenageia (in memoriam) o fotógrafo e escultor Mario Cravo Neto, “O Intérprete Mágico da Bahia”.

Acontece no CCSP.

dia 8/11 – domingo

batuque memorável 18h Toniquinho Batuqueiro e Tias Baianas PaulistasTias BaianasNascido em Piracicaba, Toniquinho Batuqueiro é um dos protagonistas da evolução da história do samba paulista, tendo contribuído para a formação de muitas escolas de samba da capital. As Tias Baianas Paulistas é um grupo de mulheres que desfilam como baianas e realizam encontros e apresentações em que cantam os grandes clássicos do samba paulistano. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares) dia


29/10 - quinta Show às seis e meia no CCSP - Outubro independente 18h30 Emicida e Banda Labirinto EmicidaEmicida - Com sua capacidade de improviso ganhou projeção internacional tornando-se um dos MC's mais respeitados da atualidade. Labirinto - O sexteto instrumental cria texturas sonoras e climas imagéticos formando uma trilha sonora na qual o ouvinte constrói as cenas. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

Projeto Zona de Riscodia 29/10 - quintas21h MÜVI - experimentações musicaisO duo de música eletrônica receberá convidados especiais para experimentações conjuntas que combinarão imagens videográficas, performances liveLab, instrumentos analógicos e música eletrônica.dia 29/10 - Müvi, Karina Montenegro, Objeto Amarelo, Ofaq, Pêndulo, Ladislau Kardos

dia 30/10 – sexta
Show ao meio-dia no CCSP - Outubro independente12h30 Emicida e Banda Labirinto LabirintoEmicida - Com sua capacidade de improviso ganhou projeção internacional tornando-se um dos MC's mais respeitados da atualidade. Labirinto - O sexteto instrumental cria texturas sonoras e climas imagéticos formando uma trilha sonora na qual o ouvinte constrói as cenas. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

especial

dia 30/10 - sextadas 20h às 22h Sarau AstronômicoEvento promovido pela Divisão de Ação Cultural e Educativa e o Planetários de São Paulo, em que o público, além de ser convidado a observar o céu noturno da cidade por meio de telescópios e com ajuda de técnicos em astronomia, participa de uma manifestação artística com músicas, danças, leituras de poemas e performances. Nestes eventos há também a narração de mitos e curiosidades astronômicas.Orquestra de contrabaixos tropical músicos: Alex Robert Heinrich, Gustavo Mazon Fineis, Ivan Gomes, Tiago Di Salvo Pallone e Tibô DelorEsta orquestra, de um único instrumento, explora ao máximo a versatilidade dos timbres do contrabaixo e traz em seu repertório composições originais e arranjos próprios de alguns compositores como Mozart, Villa-Lobos, Tom Jobim e Edu Lobo. Jardim Suspenso (lado Av. 23 de Maio) - Entrada franca (não é necessário retirar ingressos

dia 31/10 – sábado Outubro independente – Festival de música experimental 19h Ibrasotope convida Duo Henrique Iwao-Mário Del Nunzio e Pan&Tone IbrasotopeO núcleo de música experimental Ibrasotope traz duas atrações: o Duo Henrique Iwao-Mário Del Nunzio, que utiliza objetos cotidianos amplificados e guitarra com interações eletrônicas, e Pan&Tone, principal expoente do Circuit Bending no Brasil, que constrói seus próprios instrumentos eletrônicos. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 5/11 – quinta
Show às seis e meia no CCSP 18h30 Grupo Quintal do Choro O chorinho tradicional resgatado por jovens músicos paulistanos. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 6/11 - sexta
Show ao meio-dia no CCSP 12h30 Grupo Quintal do Choro O chorinho tradicional resgatado por jovens músicos paulistanos. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 8/11 – domingo
batuque memorável 18h Toniquinho Batuqueiro e Tias Baianas PaulistasTias BaianasNascido em Piracicaba, Toniquinho Batuqueiro é um dos protagonistas da evolução da história do samba paulista, tendo contribuído para a formação de muitas escolas de samba da capital. As Tias Baianas Paulistas é um grupo de mulheres que desfilam como baianas e realizam encontros e apresentações em que cantam os grandes clássicos do samba paulistano. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 11/11 - quartaProjeto Suono Italia20h Guinga e Lula GalvãoEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 12/11 - quintaProjeto Suono Italia20h Toninho Ferragutti e quinteto de cordasEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 13/11 - sextaProjeto Suono Italia20h André Mehmari e Dimos GoudaroulisEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 14/11 - sábadoProjeto Suono Italia20h Banda Mantiqueira & convidadosEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 15/11 - domingo
batuque memorável 18h Velha Guarda Musical da Nenê de Vila Matilde participação especial: Ideval Anselmo e Osvaldinho Babão A velha guarda da escola conta a história do samba na Vila Matilde cantando músicas de Paulistinha, Armando da Mangueira, entre outros compositores. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 22/11 - domingo batuque memorável 18h Velha Guarda da Rosas de Ouro e Velha Guarda da Camisa Verde e Branco Rosas de ouroAs velhas guardas da Camisa Verde e Branco e de sua afilhada Rosas de Ouro se encontram para cantar tradicionais hinos e sambas e outros clássicos.Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Justiça cassa um quarto da Câmara de Vereadores de São Paulo.

Juiz cassou e tornou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores que receberam doações da AIB

Bruno Tavares e Diego Zanchetta, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O juiz eleitoral Aloísio Sérgio Resende Silveira cassou e tornou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo que receberam, nas eleições de 2008, doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). A entidade que diz representar os interesses do setor imobiliário ganhou notoriedade no último pleito por figurar entre os maiores financiadoras de campanha – foram R$ 2,94 milhões apenas a 26 candidatos vitoriosos da capital. Uma investigação do Ministério Público Estadual, contudo, apontou que a AIB seria um braço do Secovi (sindicato das imobiliárias e administradoras).

Em 2008, somando as doações aos candidatos derrotados e àqueles que concorreram em outras cidades – 44 políticos no total –, A AIB doou um montante que chega a R$ 4,43 milhões. Como a Lei Eleitoral (9.504/97) limita a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior, a AIB teria de ter arrecadado no mínimo R$ 325 milhões em 2007, se for levado em consideração os valores doados em 2008. Segundo o MP, a entidade não mostrou ter essa capacidade financeira.

A entidade não tem funcionários registrados e a sede, na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, é um escritório fechado, sem expediente de trabalho. Dois anos antes, em 2006, a AIB já havia caído na malha fina da Receita Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por doações irregulares.

Entre os cassados, estão Carlos Bezerra Júnior, o líder da maior bancada da Casa, o PSDB, com 13 vereadores, o principal parlamentar ligado ao setor dos transportes, Ricardo Texeira, o corregedor da Câmara, Wadih Mutran (PP), o vice-presidente da Casa, Dalton Silvano (PSDB), e o principal representante dos evangélicos e ex-presidente da Assembléia, Carlos Apolinário (DEM). A Câmara tem 55 vereadores

Veja abaixo quem são esses vereadores, o valor recebido por cada um e no que eles atuavam na Câmara Municipal:

O elemento número um: Domingos Dissei (DEM)
além de integrante da Comissão de Administração Pública.
Recebeu: R$ 145 mil
Porcentual arrecadado: 28,96%

O elemento número dois:
Marcus Vinícius de Almeida Ferreira, suplente

A elemento número três: Marta Costa (DEM)
Marta é presidente da 2009 - Subcomissão de Fretamento, vice-presidente da CPI do IPTU, vice-presidente da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia e integrante da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais.
Recebeu: R$ 180 mil
Porcentual arrecadado: 62,78%

O elemento número quatro: Carlos Apolinário (DEM)
É líder de Bancada e presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente.
Recebeu: R$ 200 mil
Porcentual arrecadado: 47,74%

O elemento número cinco: Adilson Amadeu (PTB)
É integrante da Subcomissão de Lixo e Varrição, integrante da CE Zona Azul, da CPI do IPTU e da Comissão de Finanças e Orçamento.
Recebeu: R$ 200 mil
Porcentual arrecadado: 50,87%

O elemento número seis: Gilson Barreto (PSDB)
É integrante da Subcomissão de Lixo e Varrição e integrante da Comissão de Finanças e Orçamento.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 31,47%

O elemento número sete: Dalton Silvano (PSDB)
É o 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 23,94%

O elemento número oito: Adolfo Quintas (PSDB)
É presidente da Comissão de Administração Pública.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 40,21%

O elemento número nove: Abou Anni (PV)
O policial militar é integrante da CPI do IPTU e da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 43,96%

O elemento número dez: Ricardo Teixeira (PSDB)
É vice-presidente da CE Zona Azul, presidente da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, integrante da Subcomissão de Fretamento, integrante da Corregedoria, e integrante da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude.
Recebeu: R$ 150 mil
Porcentual arrecadado: 26,17%

O elemento número onze: Wadin Mutran (PP)
É líder de Bancada, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, presidente da Corregedoria e integrante da CPI do IPTU.
Recebeu: R$ 50 mil
Porcentual arrecadado: 20,9%

O elemento número doze: Ushitaro Kamia (DEM)
É integrante da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa.
Recebeu: R$ 130 mil
Porcentual arrecadado: 49%

O elemento número treze: Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB)
É líder de Bancada, relator da CPI de Pedofilia, integrante da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais e integrante da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 27,14%

O elemento número quatorze:
Claudinho (PSDB)
É integrante da Corregedoria e da Comissão de Educação, Cultura e Esportes.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 27,98%

QUEM VOTOU NOS ELEMENTOS ACIMA RELACIONADOS ? MANIFESTE-SE.

E POR QUE NÃO CHAMÁ-LOS DE ELEMENTOS ?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Chico Cesar.






Respeitem Meus Cabelos Brancos
Composição: Chico César
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar

Dia 20 de Novembro de 2009 será a VI Marcha da Consciência Negra.





A história do Zumbi dos Palmares
Dia 20 de novembro, é o Dia Nacional Consciência Negra, data que consagrou o líder negro Zumbi dos Palmares.
Quem foi Zumbi dos Palmares? Líder do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão que foi assassinado em 20 de novembro de 1695.
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, nas terras da Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. Em pouco tempo, o seu ideal de liberdade e competente organização fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade.
Ate que em 1695, a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu o Quilombo dos Palmares e assassinou Zumbi. Destruiu um território livre símbolo da resistência ao regime escravista e da consciência negra de homens e mulheres em busca da liberdade e da construção de uma nação.
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, foi realizada no dia 20 de Novembro, a Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo pela Igualdade e a Vida reunindo em Brasília cerca de 30.000 pessoas. Zumbi dos Palmares foi oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como herói nacional.
Recuperar o ideário de Zumbi não é apenas rememorar Palmares, mas resgatar um importante exemplo de luta e organização pela emancipação do povo brasileiro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eleições para o Centro Acadêmico dos Estudantes de História da Unicastelo...

A comissão eleitoral para as eleições, formada por Amilton (Tita), Tati e Jonnifer (6° semestre de História do período matutino), informam:
As inscrições das chapas para as eleições do Centro Acadêmico dos Estudantes de História da Unicastelo, vai até o dia 30 de outubro de 2009 (sexta-feira). E a votação ocorrerá entre os dias 03 e 06 de novembro de 2009 (até a primeira sexta-feira de novembro).
Para mais informações favor entrar em contato com a comissão eleitoral.

Murais de Diego Rivera e de Davi Alfaro Siqueiros.


Mural de Diego Rivera - Terra Virgem



Mural de Diego Rivera - Indústria de Detroit



Mural de Diego Rivera - A Grande Cidade de Tenochtitlan



Mural de Diego Rivera - A Civilização Tarasque



Mural de Diego Rivera - A Água na Evolução das Espécies



Mural de Davi Alfaro Siqueiros - No Hospital De La Raza Pela Completa Segurança de Todos os Mexicanos


Mural de: Davi Alfaro Siqueiros - A Nova Democracia

Acontece na Fundação Santo André.


domingo, 25 de outubro de 2009

Debate no CEDEM.


A invisibilidade dos migrantes e a anistia
Debate Cedem/Unesp

A invisibilidade dos migrantes e a anistia será o tema do Debate Cedem/Unesp no próximo dia 29 de outubro, quinta-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP e pela Pastoral do Migrante em São Paulo.
Os imigrantes são a nova face da pobreza no mundo contemporâneo. Segregados socialmente, trabalhando na clandestinidade, são alvo de todo tipo de racismo e discriminação, vivenciando cotidianamente a sensação de estar fora do lugar. A todo momento são chamados a justificar o porque de sua presença num país que não é o seu. Por isso, frequentemente buscam a invisibilidade social, ao mesmo tempo em que a própria sociedade nacional em que se inserem não parece considerar a sua existência.
O pressuposto da cidadania é o reconhecimento de toda pessoa humana como sujeito de direitos, o reconhecimento de sua existência e de sua aparição pública. A anistia é uma porta que se abre àqueles que se encontram na invisibilidade social, por não contarem como nacionais, aqueles que deveriam ser reconhecidos pelo Estado-Nação. Mas é apenas uma porta... O que efetivamente surge quando se abre essa porta? Qual o caminho real a ser trilhado pelos imigrantes para alcançarem a cidadania que eles, de fato, almejam? E que tipo de cidadãos a sociedade brasileira espera que eles sejam?

Debatedores
Sidnei Marco Dornelas
Padre Scalabriniano, Mestre em Ciências Sociais (Institut Catholique de Paris) e Diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM/SP)
Mário Geremia
Padre Scalabriniano e Coordenador do Centro Pastoral do Migrante (CPM/SP)
Ruth Camacho
Advogada e presta serviços de atendimento jurídico no Centro Pastoral dos Migrantes (CPM/SP)

Mediador
Oscar D´Ambrósio
Bacharel em Letras – Mackenzie, Mestre em Artes – UNESP, Crítico de Arte
Graduado em Jornalismo – USP, Escritor e Coordenador de Imprensa da Reitoria da UNESP

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Local: CEDEM/UNESP – Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé)
Quando: 29/10/09 às 18h30 – 5ª feira
(11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

domingo, 18 de outubro de 2009

Nota de esclarecimento sobre os recentes acontecimentos.

14 de outubro de 2009
Nota de esclarecimento sobre os recentes acontecimentos.
Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.
2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.
A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.
3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.
4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.
5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.
6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.
7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.
8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.
9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.
Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.
10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.
À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.
Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.
São Paulo, 9 de outubro de 2009
DIREÇÃO NACIONAL DO MST