segunda-feira, 8 de março de 2010

Do blog Apeoesp na Escola e na Luta. Boletim de Greve

A assembleia de sexta-feira, organizada por APEOESP, CPP, UDEMO, APASE, APAMPESP e AFUSE, decidiu pela greve de professores, diretores e surpevisores de ensino. Razões para isso não faltam.
O nosso arrocho salarial é enorme. Durante o governo Serra tivemos apenas 5% de reajuste, 5% esses conquistados na greve de 2008. Em 2010, o governo anunciou somente a incorporação do GAM, ainda assim escalonado em três anos. Ao invés de reajuste para todos, o governo impõe a política da bonificação e do aumento por meio da prova de mérito. Faz isso porque é mais barato e serve de instrumento de controle político e pedagógico sobre os educadores.
O arrocho salarial não ocorre por um problema orçamentário do estado de São Paulo. A arrecadação paulista é crescente, nunca houve tanta verba disponível para o governo. A questão é de prioridades. Os indicadores revelam que o investimento em educação em São Paulo vem diminuindo em termos relativos. Em contrapartida, os gastos com propaganda não param de crescer. Propaganda mentirosa, como sabemos. A educação que vemos nas peças publicitárias é muito diferente da realidade que vivemos nas escolas. Diante de seu fracasso em garantir uma educação de qualidade, o governo quer fazer a sociedade crer que a culpa é dos professores. Nada mais falso. Nenhum dos problemas reais da educação está sendo solucionado. Além do arrocho salarial, seguimos com uma jornada longa demais, não temos plano de carreira, faltam infra-estrutura adequada e funcionários em número suficiente, há salas superlotadas, enfim, existe uma longa lista de problemas. Situação particularmente dificil vivem os professores OFAs. A atribuição de aulas deste ano chegou ao absurdo de estudantes escolherem antes de professores com anos de profissão. Estudantes esses que não poderão dar aulas em 2011 em razão de serem categoria O. Ao invés de uma prova para OFAs, deveria haver concurso público classificatório para preenceher todas as vagas necessárias e não apenas 10 mil.
É fato que a política do educacional do governo tem se aprofundado. Todavia, se não tivéssemos lutado, a situação estaria muito pior. Em 2005, o objetivo do governo era tornar todos os OFAs em contratados de forma precária e temporária Fomos às ruas e derrubamos o projeto.
Em 2008, o governo lançou decretos que, entre outras coisas, instituia a realização de uma prova para demitir todos os não aprovados. Fizemos uma greve que não conseguiu barrar a prova, mas impediu que ela fosse eliminatória e obteve o único reajuste salarial dos últimos anos.
O governo contra-atacou em 2009 e tornou lei (1093) a realização da prova. Contudo, em virtude de anos de luta do professorado e de problemas previdenciários, o governo teve de criar o professor categoria F, que goza de estabilidade. É importante frisar que sem a nossa mobilização, os não aprovados estariam demitidos.Estamos diante de um momento decisivo. Podemos seguir individualmente reclamando da nossa situação ou podemos coletivamente enfretar o governo e exigir os nossos direitos. Os milhares de educadores reunidos na assembleia decidiram reagir e levantar os braços e a cabeça aprovando a greve. E você?
Assembleia 12 de março, no vão do MASP, às 14h
APEOESP

domingo, 7 de março de 2010

Uma (ou várias) reflexão em duas letras de música

Pagu
Composição: R. Lee E Z. Duncan



Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Hi! Hi!...
Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Eu sou mais macho
Que muito homem...
Ratatá! Ratatá! Ratatá! Parapá! Parapá! Hum! Hum!...
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hi! Hi!
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe
É Maria Ninguém
Hi! Hi! Eh! Eh!...
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Eu sou mais macho
Que muito homem...
Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...
Ratatá! Ratatatá Hiii! Ratatá Parapá! Parapá!...
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Maria, Maria
Milton Nascimento
composição: Milton Nascimento e Fernando




Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho, sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...

sábado, 6 de março de 2010

Praça da República. Assembléia Estadual dos Professores em 05 de março, sexta-feira.





Reunidos em assembleia na Praça da República na sexta-feira, 5, mais de 10 mil professores aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 8. As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados, entre outras várias reivindicações.






Professores (as)


Em Greve


quinta-feira, 4 de março de 2010

À LUTA...



LA MUJER OBRERA Y LA MUJER OLIGARCA

Por: Abg. Jesús Silva R. (*)


Hemos dicho que desde el fin de la comunidad primitiva ha existido explotación de la fuerza de trabajo y doble explotación contra la mujer obrera (víctima de su patrono y de su marido). Sin embargo, el Marxismo nos revela una verdad que la Teoría de Género (Feminismo) aun no logra precisar, ya que en el plano de las relaciones sociales para la generación y el acceso a las riquezas, no toda mujer es explotada. En efecto, la oligarca y la obrera poseen vidas diferentes y el nexo entre la mujer y el hombre esta condicionado por su clase social.

Comúnmente en la clase proletaria (trabajadora), el marido impone a su mujer toda la labor doméstica (prestación no remunerada, pero esencial para el bienestar de la familia), resultando una sobrecarga cruel en una pareja donde tanto él como ella trabajan en la calle. Por esto, procurando la verdadera igualdad de género, la histórica defensora de la mujer, Clara Zetkin (Congreso de Gotha. 1896), advirtió: El principio gua debe ser ninguna agitación específicamente feminista, sino agitación socialista entre las mujeres. No debemos poner en primer plano los intereses más mezquinos del mundo de la mujer, nuestra tarea es la conquista de la mujer obrera para la lucha de clases.

No sucede lo mismo en la clase burguesa (oligarquía), donde la mujer generalmente no asume tareas económicas directivas y suele ser su marido burgués quien organiza y ejecuta el proceso de explotación sobre los obreros, acumulando la plusvalía empresarial (ganancia monetaria) que luego convierte en bienes de lujo y confort (palacios, autos, joyas, servidores, etc.) para deleitar a su fetichista esposa. Este caso de la mujer privilegiada (que no sufre explotación de ningún tipo) fue implacablemente denunciado por otra incontrovertible leyenda feminista, Rosa Luxemburgo (La Proletaria. 1914), cuya frase condenatoria hoy reproduzco: su unica función es la de participar en el consumo de los frutos de la explotación.


(*) Constitucionalista y Penalista. Profesor Universitario.

http://jesusmanuelsilva.blogspot.com/

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Compañero-a, Usted es parte del ejercito defensor de la verdad contra el terrorismo mediático de los aparatos masivos de desinformación, sos un-a combatiente de esta batalla ideologica, tu acción forja consciencias, reenvia toda la informacion que consideres de interes (para nosotros-as todo)

"- excepción hecha de la clase trabajadora -, la mayor parte de las clases sociales han rehuido la lucha y nos han negado hasta el derecho que tenemos de defendernos"

A.C. SANDINO
1930

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"Solo los obreros y los campesinos iran hasta el fin, solo su fuerza organizada lograra el triunfo"

Augusto C. Sandino-


"de todas las clases que hoy se enfrentan con la burguesia, solo el proletariado es una clase verdaderamente revolucionaria"


Carlos Marx y Federico Engels, Manifiesto del Partido Comunista-


"Cada ama de casa tiene que estar preparada para dirigir el Estado"


V.I. Lenin-


"... Esta es la Revolución socialista y democrática de los humildes, con los humildes y para los humildes. Y por esta Revolución de los humildes, por los humildes y para los humildes, estamos dispuestos a dar la vida...


"Fidel Castro R. -16-04-1961-


"Después de Nerón Somoza, la Revolución Popular Sandinista. Tal es la aspiración del movimiento guerrillero nicaragüense inspirado por el ideal justiciero de Carlos Marx, Augusto César Sandino y Ernesto Che Guevara, ideal de liberación nacional y socialismo, ideal de soberanía, tierra y trabajo, ideal de justicia y libertad"


Carlos Fonseca A. - 15-08-1969-


"los terminos medios son la antesala de la traición"


Ernesto Che Guevara-


"Tenemos que hacer una lucha revolucionaria, y eso pasa, por forjar conciencia de clase, lo decía Marx... Se necesita ¡la conciencia de clase! para ser revolucionario; para no convertirse en un instrumento de la contrarrevolución"


Daniel Ortega S. - 30-04-2008 -


"Aqui en Venezuela, nuestra batalla es una expresión de la lucha de clases : El pueblo, las clases populares y los pobres contra los ricos y los ricos contra los pobres y los sectores populares"


Hugo Chavez F. - 30-11-2008-


"que no se reblandezcan con los cantos de sirena del enemigo y tengan conciencia de que por su esencia, nunca dejará de ser agresivo, dominante y traicionero; que no se aparten jamás de nuestros obreros, campesinos y el resto del pueblo; que la militancia impida que destruyan al Partido"


Raoúl Castro R.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Do blog Apeoesp Na Escola e na Luta. CER aprova assembleia dia 5 de março com indicativo de greve.


Em reunião ordinária no sábado, 20, o Conselho Estadual de Representantes (CER) aprovou indicativo de greve para a assembleia do próximo dia 5 de março, além do calendário de mobilização e do eixo da campanha salarial 2010, que terá o seguinte slogan: “Salário, emprego e carreira, sim! Provinha e provão, não!”

O CER avaliou que o descontentamento é geral na categoria – efetivos, ACTs, estáveis, aposentados – com política de exclusão imposta por este governo, que retira nossos direitos, e principalmente com a falta de uma política salarial. Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-econômicas) indicam que não houve queda de arrecadação de impostos no Estado de São Paulo em função da crise econômica mundial; portanto, há dinheiro para o reajuste, o que falta é vontade política.

O CER também aprovou a pauta de reivindicações: reajuste imediato de 34,3%; pela incorporação das gratificações e extensão aos aposentados; pela garantia do emprego; contra o provão dos ACTs; contra a avaliação de mérito; pela revogação das leis 1093, 1094, 1097; por um plano de carreira justo; concurso público de caráter classificatório; pela volta das matérias de caráter humanista na grade curricular do ensino médio; pelo fim da municipalização do ensino; pelo fim da superlotação das salas de aula; pelo aumento do número de cargos para o próximo concurso de março; pelo fim das avaliações externas, pelo fim dos sábados letivos. O conselho aprovou ainda a criação de um fundo de greve custeado pela sede central e subsedes.

Professores novos

Muitos professores temporários, classificados pela SE como "categoria O", não estão cientes de que somente poderão ministrar aulas durante este ano, devendo ser desligados no dia 31 de dezembro de 2010, permanecendo durante 200 dias fora da rede, por força da Lei Complementar 1093/2009, do governo Serra.

É importante que estes professores sejam informados disto, para que compreendam todos os ataques do PSDB aos direitos da nossa categoria e à escola pública e, assim, se juntem a nós na greve que iniciaremos no dia 5 de março.

Batalha Judicial

Como é do conhecimento de todos, a APEOESP ingressou com ação judicial para que, na lista de classificação para a atribuição de aulas, os professores “categoria O” fossem deslocados para o final, após os professores “F” e “L”, que já pertencem à rede.

Numa grande vitória, obtivemos a liminar, mas o próprio secretário da Educação orientou as diretorias de ensino a desrespeitá-la.

No dia 12 de fevereiro, às vésperas do Carnaval, obtivemos a informação de que a liminar havia sido cassada no dia 11. Até o momento, entretanto, a decisão não foi oficialmente comunicada ao próprio juiz que deferiu a liminar a nosso favor. Novamente, ingressamos com recurso, do qual aguardamos a decisão.

Devemos denunciar a gravidade do que vem ocorrendo no Estado de São Paulo. Enquanto o nosso sindicato age de acordo com as normas regimentais do Tribunal de Justiça, o governo tem acesso direto ao presidente do TJ.

PCP

A SEE publicou a Resolução 21/2010 estabelecendo que os professores que ocupam função de coordenadores pedagógicos e que não tenham obtido a pontuação no provão terão que deixar esta função.

A APEOESP entende que esta norma fere o direito adquirido. Os professores que se sentirem prejudicados devem buscar atendimento jurídico para ajuizamento de ação em defesa de seus direitos.
MateriaisSegue em anexo a este Fax um modelo de cartazete, que deve ser reproduzido pelas subsedes, anunciando que a assembleia terá indicativo de greve e que deve ser colado ao lado do cartaz da assembleia, que já seguiu para as regiões e para as escolas, além de um panfleto direcionado aos professores (que também deve ser reproduzida e distribuída pelas subsedes).

Calendário de mobilizações

►De 22 a 26 de fevereiro: conversa com os professores

►Dia 27 de fevereiro: reunião de REs

►Dias 1º e 2 de março: conversa com a comunidade escolar – pais e alunos

►Dias 3 ou 4 de março: assembleias regionais

►Dia 5 de março: assembleia estadual, com paralisação, e com indicativo de greve, na praça da República, às 15 horas

►Dia 8 de março: Dia Internacional da Mulher; conversas com professores e comunidade escolar

Secretaria de Comunicações

SALÁRIO, EMPREGO, CARREIRA, SIM!PROVINHA E PROVÃO, NÃO!

CER indica: greve começa no dia 5 de marçoVamos fechar as escolas e realizar uma grande assembleiaProfessor, professora.

Reunido no dia 20 de fevereiro, o Conselho Estadual de Representantes (CER) indicou o dia 5 de março – quando realizaremos assembleia estadual às 15 horas, na Praça da República – para início de nossa paralisação por tempo indeterminado pelo atendimento de nossas reivindicações salariais, profissionais e educacionais.

Os eixos centrais, que unificam todos os professores (efetivos, estáveis, temporários, readaptados e aposentados) são:

►Por reajuste salarial imediato de 34,3%

►Pela incorporação das gratificações e extensão aos aposentados

►Por um plano de carreira justo

►Pela garantia de emprego

►Contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito)

►Pela revogação das leis 1093,1094,1097

►Concurso público de caráter classificatório

Além destas, o CER aprovou uma série de outras reivindicações que comporão a nossa pauta.
A deliberação do CER representa a continuidade do plano de lutas aprovado pela IV Conferência Estadual de Educação da APEOESP (novembro de 2009), que já apontava a deflagração da greve para o início das aulas.

A luta dos professores e da APEOESP impôs alterações que significaram avanços em relação a diversos projetos do governo, como no caso do provão dos ACTs – criado pela Lei 1093/2009 – que eliminaria da atribuição de aulas todos os professores que não acertassem 50% das questões. Conseguimos que o tempo de serviço compusesse a pontuação para os acertassem 40% das questões e, após uma mobilização de mais de 4 mil professores em pleno recesso escolar (em 15/01), a prova deixou de ser eliminatória, sendo todos os professores classificados para a atribuição, em duas listas.

Anteriormente, na tramitação da Lei Complementar 1094/2009, já havíamos conseguido ampliar as vagas para concurso de 50 mil para 80 mil e também a edição de um decreto estabelecendo a periodicidade máxima de 4 anos para a realização de concursos públicos.

Mas os ataques do governo são amplos e profundos. Neste momento, impõe-se a unidade de todos os professores para a conquista das reivindicações que interessam ao conjunto da nossa categoria.

O governo se recusa a aplicar uma política salarial para os professores, corta recursos da educação, enquanto amplia seus gastos em propaganda. A ausência de reajuste amplia para 34,3% a nossa necessidade de reposição para que nossos salários voltem aos níveis de 1998. E há recursos, pois a arrecadação do Estado nunca parou de aumentar.

Não podemos aceitar uma política de “mérito” que exclui pelo menos 80% dos professores; não podemos concordar com avaliações excludentes; não aceitamos que o governo desqualifique os professores, permitindo que candidatos não habilitados escolham aulas em detrimento dos professores habilitados. Com uma simples prova, o governo autoriza que qualquer pessoa ministre aulas nas escolas estaduais, jogando por terra a formação dos professore, prevista no artigo 62 da LDB.

Chega de tantos ataques e desrespeito. Já temos a unidade das demais entidades do magistério – APASE, APAMPESP, CPP e UDEMO – para o início do movimento no dia 5 de março. Neste momento a união de todos é fundamental. Vamos, juntos, realizar uma greve assembléia e uma greve vitoriosa!

DIRETORIA DA APEOESP

Da revista Caros Amigos

01/03/2010


Kassab investe contra bancas de jornal de São Paulo Proposta da prefeitura quer retirar alguns pontos de venda com o argumento de que seriam esconderijos de bandidos e pontos cegos nas câmeras da polícia.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, elegeu o mais novo inimigo da segurança pública: as bancas de jornal. Parece até brincadeira, mas por conta da decisão da prefeitura de remover algumas bancas da cidade, muitas pessoas correm o risco de ficar desempregadas. A polêmica começou há cerca de 90 dias, quando 85 bancas de jornal do centro de São Paulo receberam uma intimação informando que os estabelecimentos teriam 30 dias para se retirar dos locais onde se encontram. Como justificativa para o possível despejo, a notificação trazia apenas uma palavra: segurança.
O jornaleiro Deusdet José Magalhães, proprietário de uma banca na Avenida Rio Branco desde 1979 foi um dos afetados pela medida. Ele afirma que recebeu uma carta da prefeitura no final de novembro, onde era informado que deveria escolher três possíveis novos pontos para sediar sua banca, e a prefeitura analisaria a viabilidade de algum dos locais.
O que a prefeitura não explicitou, no entanto, foram os critérios que o jornaleiro deveria utilizar para escolher a nova localidade de sua banca. “Eu acho que a prefeitura não vai aprovar nenhum dos pontos que eu sugerir”, desconfia Deusdet.
“Ponto cego”
Confusos e preocupados, os jornaleiros procuraram seu sindicato, que tentou entrar em contato com os responsáveis pelas intimações, sem sucesso. A prefeitura, por meio do Secretário das Subprefeituras de São Paulo, Ronaldo Camargo, disse apenas que em alguns casos as bancas de jornal causavam “pontos cegos” às câmeras da polícia militar. Outras descobertas foram feitas a partir de notas enviadas à imprensa pelo mesmo secretário. O sindicato ficou sabendo que a prefeitura preferia que as bancas procurassem espaços privados para se realocarem, como shoppings. Assim, futuramente todas as bancas teriam que estar encostadas em muros, além de terem suas aberturas voltadas para a rua, e não para o interior da calçada.
Para o sindicato, seria difícil achar lugar para reposicionar todas as bancas de jornal, já que a fachada da maioria das ruas de São Paulo é composta por portas e vitrines, não por muros. Há, ainda o caso das bancas localizadas em praças. O jornaleiro Edilson Barante, que possui uma banca na avenida Sapopemba há 18 anos ironiza a situação: “Esta medida está completamente fora da realidade, parece que o Kassab nunca foi em uma banca de jornal”.
Esconderijo para bandidos
A prefeitura ainda afirmou que as bancas, quando localizadas em frente a faixas de pedestres ou agências bancárias serviriam de esconderijos para bandidos, que se abrigariam atrás delas até que o farol fechasse ou chegasse o carro com dinheiro.
A informação gerou polêmica, conforme explica a jornaleira Agnailda Moreira, que possui uma banca na Vila Mariana há quatro anos: “Bandido pode se esconder também atrás de carros e telhados, a prefeitura vai tirar tudo isso?”. Deusdet também opina sobre o assunto, e diz que ao contrário do que afirma a prefeitura, as bancas de jornal ajudam a segurança: “Muitas pessoas já entraram na minha banca porque estavam sendo seguidas por bandidos. Eu mesmo já entrei em bancas para fugir de situações como esta”, relata.
Outra informação deixou o quadro ainda mais intrigante: em uma reportagem sobre o assunto, o jornal Agora entrevistou a polícia militar, que declarou que as bancas não formam pontos cegos, e que não partiu dela a iniciativa de deslocar estes estabelecimentos.
ManifestaçãoPara protestar contra a falta de informação apresentada pela prefeitura, o sindicato dos jornaleiros de São Paulo, organizou um ato no dia 23. Cerca de 300 profissionais da área compareceram à manifestação, que se iniciou em frente à Câmara Municipal e seguiu direção ao Gabinete do prefeito, onde requereriam uma reunião para discutir a situação das bancas. No dia seguinte, o sindicato conseguiu uma reunião com o Secretário Ronaldo Camargo. O resultado deste encontro, no entanto, foi alarmante. Segundo Ricardo Carmo, presidente do sindicato, Camargo afirmou que a medida irá se estender a outras áreas de São Paulo, e que em breve novas bancas de jornal irão receber notificações para mudar de localidade.
Sobre a questão da segurança, o Secretário insistiu na versão do ponto cego, mesmo estando provado que o argumento não tem fundamento. Ele ainda afirmou que foi feito um laudo que prova o perigo da localização de algumas bancas. No entanto, este documento não foi liberado aos membros do sindicato.
Novos locaisA única resolução tirada durante a reunião foi a de que os novos lugares serão escolhidos mediante uma reunião entre o sindicato e o subprefeito de cada região, medida que, segundo Ricardo, não garante que todas as bancas terão lugar na cidade.
Por enquanto não há mais informações sobre os motivos que levariam a prefeitura a mover as bancas, mas o sindicato acredita que existem outros interesses por trás da medida “ainda não acreditamos nessa falta de segurança” acrescenta Ricardo. Em nota enviada à reportagem da Caros Amigos, a assessoria do Secretário Ronaldo Camargo afirmou que “não é objetivo da pasta acabar com os Termos de Permissão de Uso para bancas de jornal”, mas não deu maiores detalhes. O sindicato dos jornaleiros está fazendo um abaixo-assinado contra a ação da prefeitura. O documento está disponível em diversas bancas de jornal de São Paulo.