sábado, 31 de outubro de 2009

Lançamento do Site do Instituto Luiz Carlos Prestes - ILCP.

"Com o sítio do Instituto Luiz Carlos Prestes, pretende-se dar visibilidade à iniciativa de um grupo de companheiros e amigos do Cavaleiro da Esperança, decididos a construir uma entidade de perfil cultural, cujo objetivo será preservar e difundir a vida e a memória desse grande brasileiro - patriota, revolucionário e comunista.
Seus fundadores se propõem a contribuir tanto para a preservação do acervo documental relacionado a Luiz Carlos Prestes e a Olga Benário Prestes quanto para a pesquisa do seu legado histórico. Pretendem que o Instituto Luiz Carlos Prestes seja um centro de pesquisa, de divulgação e de debate dos problemas relacionados com a luta por uma perspectiva socialista para o Brasil e a América Latina, assim como para toda a humanidade.
O sítio do ILCP estará aberto a colaborações que, a critério dos fundadores da entidade, correspondam aos objetivos acima definidos."
( Reproduzido do sítio do ILCP: "Quem somos" )

Nação Zumbi.

TODOS OS SONS

Nação Zumbi no SESC Itaquera


Dia 22/11 Domingo, às 15h.

A banda pernambucana apresenta o show com novo gênero: frevo Travaperna e o repertório do CD Fome de Tudo com música com World metal, coco dub, ciranda psicodélica, psichocarimbó, baião cyberdélico e muito mais em canções poderosas como “Onde Tenho Que Ir”, “Inferno”, “Toda Surdez Será Castigada”, e “Bossa Nostra”. Palco da Orquestra Mágica.

Livre para todos os públicos

Sebastião Salgado.









O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundp. Salgado, que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prémios de fotografia em todo o mundo. "Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado. "Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo."
:
Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado é o sexto e o único filho homem de uma família com oito filhos. Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. De Paris, onde vivia, Salgado viajou para cobrir acontecimentos como as guerras na Angola e no Saara espanhol, o sequestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente, passou a dedicar-se a projectos de documentários mais elaborados e pessoais. Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países.
:Fotógrafo reconhecido internacionalmente e adepto da tradição da "fotografia engajada", Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Em 1994 fundou sua própria agência de notícias, a Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado mora actualmente em Paris com sua esposa e colaboradora, Lélia Wanick Salgado, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.

Acontece no espaço Dolores Boca Aberta, aos sábados das 22 as 04 hs.

Nosso espetáculo tem a pretensiosa vontade de narrar a saga da aventura humana. Para contar esta história, utilizamos três prismas diferentes e simultaneamente unos, a saber:
1) o desenvolvimento do ser humano como ser social em sua saga histórica;
2) a construção da cidade como fruto e estímulo da ação do ser social;
3) a formação da consciência do indivíduo como apreensão particular do ser social;
Junto disso cabe a reflexão sobre a construção do herói e as grupalizações humanas que criam a figura do líder.
O primeiro ato que traz consigo um apêndice, um prólogo alerta aos viajantes, versa sobre o movimento do ser social construtor de história, da cidade, do capital. Esse movimento passa pelo deslocamento/migração, aglomeração no espaço urbano, industrialização (automotiva, construção civil) e favelização. No seio desse deslocamento opera a ideologia que tenta pinçar a idéia de herói na figura dos escolhidos que são exemplo da funcionalidade do sistema. Um sistema hierárquico onde a perseverança, a resignação, a força de vontade, a competência individual, a competitividade, a rejeição do erro dentre tantas outras idéias são postas como características naturais e quando não como ideais de busca individual. Apresentar esse sistema é uma das tarefas da encenação do primeiro ato, apresentar as estruturas da construção da cidade é outra.
Esta é a apresentação do intenso movimento de inúmeros personagens reprodutores da vida e que na somatória de suas experiências alienadas, sem se darem conta, constroem a cidade, a sociedade e a história.
O segundo ato divide o público em dois grupos. A cisão dá-se de forma brusca. Num lado, o refugo humano vítima do despejo de uma favela; noutro, o seleto grupo de possíveis compradores de apartamentos de luxo em região nobre da cidade.
Os despejados ficarão em céu aberto e os privilegiados no conforto das poltronas dentro da sala de apresentações. Nestes contextos aprofundamos as contradições da sociedade espetacularizada, em meio a luta de classes, em duas abordagens:
1) As grupalizações que reproduzem o ideário dominante sem a clara percepção de que o fazem.
2) O asfixiante universo do indivíduo atomizado e consumidor das benesses e fetiches capitalistas.
A trajetória humana apresentada aparentemente redunda num circuito fechado onde não há espaço para a transformação da vida social. O ciclo perfeito se rompe justo pela imperfeição e a novidade das relações sociais que reproduzem um modo/sistema, mas carregam consigo a imperfeição e a impossibilidade da exata repetição dos eventos. , Entendemos imperfeição ou erro ou falta como virtude capaz de por em cheque todo e qualquer sistema que busca a perfeição na reprodução de sua própria existência.
Soma-se a este esquema a tentativa de grupos humanos de analisar a realidade social e projetar caminhos para a transformação da realidade. A festa, ou terceiro ato, traz a possibilidade de quebra de alguns padrões e em posse de parcial liberdade, pois, mesmo aí a determinação social opera, experimentamos a bruma de um porvir, o projeto de sociedade descolado das cercas da ideologia dominante. A mesma festa é apresentada como o mergulho coletivo nas entranhas da sociedade do espetáculo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Acontece no Museu Afro Brasil.


http://www.museuafrobrasil.com.br/


Exposição PICHA chega ao Brasil e destaca universo das Histórias em Quadrinhos africanas

De 15 de outubro a 08 de novembro

Picha reúne obras de artistas de 16 países do Continente Africano, além de originais de desenhos, álbuns, revistas , publicações e um importante banco de dados com informações sobre desenhistas, chargistas e caricaturistas. Além dos artistas africanos, participam da mostra o norte-americano David Brown, que virá ao Brasil especialmente para participar da programação do evento e o cartunista brasileiro e co-curador da exposição, Maurício Pestana, apresentando semelhanças e diferenças dos desenhos afro-descendentes destes dois países, junto com seus pares na África. A curadoria é da professora e pesquisadora de Histórias em Quadrinhos, Dra. Sonia M. Bibe Luyten.

No dia 14, às 20h, no auditório do Museu Afro Brasil, haverá abertura com uma Mesa de Debate sobre o tema da exposição, com as presenças de David Brown, Maurício Pestana e do pesquisador Nobuyoshi Chinen, da Universidade de São Paulo (USP), contando com a mediação de Sonia Luyten. Capacidade 150 pessoas.


“Os Mágicos Olhos das Américas”

Mega-exposição apresenta obras de artistas ibero-americanos

Até dia 06 de dezembro de 2009

Com a curadoria de Emanoel Araujo, a mostra reúne mais de 300 obras de artistas nacionais e estrangeiros, destacando as potencialidades da cultura ibero-americana e a produção artística dos países latino americanos. A concepção dessa exposição baseia-se na contribuição cultural de cada um destes países na Ibero Americanidade, de sua formação arcaica e ancestral e dos seus novos caminhos estéticos onde essa união se faz entre europeus e os latino americanos. A exposição apresenta ainda o fazer dos povos da terra, arte indígena brasileira, arte pré-colombiana do Peru, México, Argentina e do Brasil. A arte africana de diferentes etnias representa os africanos trazidos para as Américas como escravos e produtores das riquezas aqui encontradas. A exposição também homenageia (in memoriam) o fotógrafo e escultor Mario Cravo Neto, “O Intérprete Mágico da Bahia”.

Acontece no CCSP.

dia 8/11 – domingo

batuque memorável 18h Toniquinho Batuqueiro e Tias Baianas PaulistasTias BaianasNascido em Piracicaba, Toniquinho Batuqueiro é um dos protagonistas da evolução da história do samba paulista, tendo contribuído para a formação de muitas escolas de samba da capital. As Tias Baianas Paulistas é um grupo de mulheres que desfilam como baianas e realizam encontros e apresentações em que cantam os grandes clássicos do samba paulistano. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares) dia


29/10 - quinta Show às seis e meia no CCSP - Outubro independente 18h30 Emicida e Banda Labirinto EmicidaEmicida - Com sua capacidade de improviso ganhou projeção internacional tornando-se um dos MC's mais respeitados da atualidade. Labirinto - O sexteto instrumental cria texturas sonoras e climas imagéticos formando uma trilha sonora na qual o ouvinte constrói as cenas. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

Projeto Zona de Riscodia 29/10 - quintas21h MÜVI - experimentações musicaisO duo de música eletrônica receberá convidados especiais para experimentações conjuntas que combinarão imagens videográficas, performances liveLab, instrumentos analógicos e música eletrônica.dia 29/10 - Müvi, Karina Montenegro, Objeto Amarelo, Ofaq, Pêndulo, Ladislau Kardos

dia 30/10 – sexta
Show ao meio-dia no CCSP - Outubro independente12h30 Emicida e Banda Labirinto LabirintoEmicida - Com sua capacidade de improviso ganhou projeção internacional tornando-se um dos MC's mais respeitados da atualidade. Labirinto - O sexteto instrumental cria texturas sonoras e climas imagéticos formando uma trilha sonora na qual o ouvinte constrói as cenas. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

especial

dia 30/10 - sextadas 20h às 22h Sarau AstronômicoEvento promovido pela Divisão de Ação Cultural e Educativa e o Planetários de São Paulo, em que o público, além de ser convidado a observar o céu noturno da cidade por meio de telescópios e com ajuda de técnicos em astronomia, participa de uma manifestação artística com músicas, danças, leituras de poemas e performances. Nestes eventos há também a narração de mitos e curiosidades astronômicas.Orquestra de contrabaixos tropical músicos: Alex Robert Heinrich, Gustavo Mazon Fineis, Ivan Gomes, Tiago Di Salvo Pallone e Tibô DelorEsta orquestra, de um único instrumento, explora ao máximo a versatilidade dos timbres do contrabaixo e traz em seu repertório composições originais e arranjos próprios de alguns compositores como Mozart, Villa-Lobos, Tom Jobim e Edu Lobo. Jardim Suspenso (lado Av. 23 de Maio) - Entrada franca (não é necessário retirar ingressos

dia 31/10 – sábado Outubro independente – Festival de música experimental 19h Ibrasotope convida Duo Henrique Iwao-Mário Del Nunzio e Pan&Tone IbrasotopeO núcleo de música experimental Ibrasotope traz duas atrações: o Duo Henrique Iwao-Mário Del Nunzio, que utiliza objetos cotidianos amplificados e guitarra com interações eletrônicas, e Pan&Tone, principal expoente do Circuit Bending no Brasil, que constrói seus próprios instrumentos eletrônicos. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 5/11 – quinta
Show às seis e meia no CCSP 18h30 Grupo Quintal do Choro O chorinho tradicional resgatado por jovens músicos paulistanos. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 6/11 - sexta
Show ao meio-dia no CCSP 12h30 Grupo Quintal do Choro O chorinho tradicional resgatado por jovens músicos paulistanos. Entrada franca (não é necessário retirar ingressos) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 8/11 – domingo
batuque memorável 18h Toniquinho Batuqueiro e Tias Baianas PaulistasTias BaianasNascido em Piracicaba, Toniquinho Batuqueiro é um dos protagonistas da evolução da história do samba paulista, tendo contribuído para a formação de muitas escolas de samba da capital. As Tias Baianas Paulistas é um grupo de mulheres que desfilam como baianas e realizam encontros e apresentações em que cantam os grandes clássicos do samba paulistano. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 11/11 - quartaProjeto Suono Italia20h Guinga e Lula GalvãoEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 12/11 - quintaProjeto Suono Italia20h Toninho Ferragutti e quinteto de cordasEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 13/11 - sextaProjeto Suono Italia20h André Mehmari e Dimos GoudaroulisEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Jardel Filho (324 lugares)

dia 14/11 - sábadoProjeto Suono Italia20h Banda Mantiqueira & convidadosEntrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 15/11 - domingo
batuque memorável 18h Velha Guarda Musical da Nenê de Vila Matilde participação especial: Ideval Anselmo e Osvaldinho Babão A velha guarda da escola conta a história do samba na Vila Matilde cantando músicas de Paulistinha, Armando da Mangueira, entre outros compositores. Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência) Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

dia 22/11 - domingo batuque memorável 18h Velha Guarda da Rosas de Ouro e Velha Guarda da Camisa Verde e Branco Rosas de ouroAs velhas guardas da Camisa Verde e Branco e de sua afilhada Rosas de Ouro se encontram para cantar tradicionais hinos e sambas e outros clássicos.Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)Sala Adoniran Barbosa (631 lugares)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Justiça cassa um quarto da Câmara de Vereadores de São Paulo.

Juiz cassou e tornou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores que receberam doações da AIB

Bruno Tavares e Diego Zanchetta, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O juiz eleitoral Aloísio Sérgio Resende Silveira cassou e tornou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo que receberam, nas eleições de 2008, doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). A entidade que diz representar os interesses do setor imobiliário ganhou notoriedade no último pleito por figurar entre os maiores financiadoras de campanha – foram R$ 2,94 milhões apenas a 26 candidatos vitoriosos da capital. Uma investigação do Ministério Público Estadual, contudo, apontou que a AIB seria um braço do Secovi (sindicato das imobiliárias e administradoras).

Em 2008, somando as doações aos candidatos derrotados e àqueles que concorreram em outras cidades – 44 políticos no total –, A AIB doou um montante que chega a R$ 4,43 milhões. Como a Lei Eleitoral (9.504/97) limita a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior, a AIB teria de ter arrecadado no mínimo R$ 325 milhões em 2007, se for levado em consideração os valores doados em 2008. Segundo o MP, a entidade não mostrou ter essa capacidade financeira.

A entidade não tem funcionários registrados e a sede, na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, é um escritório fechado, sem expediente de trabalho. Dois anos antes, em 2006, a AIB já havia caído na malha fina da Receita Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por doações irregulares.

Entre os cassados, estão Carlos Bezerra Júnior, o líder da maior bancada da Casa, o PSDB, com 13 vereadores, o principal parlamentar ligado ao setor dos transportes, Ricardo Texeira, o corregedor da Câmara, Wadih Mutran (PP), o vice-presidente da Casa, Dalton Silvano (PSDB), e o principal representante dos evangélicos e ex-presidente da Assembléia, Carlos Apolinário (DEM). A Câmara tem 55 vereadores

Veja abaixo quem são esses vereadores, o valor recebido por cada um e no que eles atuavam na Câmara Municipal:

O elemento número um: Domingos Dissei (DEM)
além de integrante da Comissão de Administração Pública.
Recebeu: R$ 145 mil
Porcentual arrecadado: 28,96%

O elemento número dois:
Marcus Vinícius de Almeida Ferreira, suplente

A elemento número três: Marta Costa (DEM)
Marta é presidente da 2009 - Subcomissão de Fretamento, vice-presidente da CPI do IPTU, vice-presidente da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia e integrante da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais.
Recebeu: R$ 180 mil
Porcentual arrecadado: 62,78%

O elemento número quatro: Carlos Apolinário (DEM)
É líder de Bancada e presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente.
Recebeu: R$ 200 mil
Porcentual arrecadado: 47,74%

O elemento número cinco: Adilson Amadeu (PTB)
É integrante da Subcomissão de Lixo e Varrição, integrante da CE Zona Azul, da CPI do IPTU e da Comissão de Finanças e Orçamento.
Recebeu: R$ 200 mil
Porcentual arrecadado: 50,87%

O elemento número seis: Gilson Barreto (PSDB)
É integrante da Subcomissão de Lixo e Varrição e integrante da Comissão de Finanças e Orçamento.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 31,47%

O elemento número sete: Dalton Silvano (PSDB)
É o 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 23,94%

O elemento número oito: Adolfo Quintas (PSDB)
É presidente da Comissão de Administração Pública.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 40,21%

O elemento número nove: Abou Anni (PV)
O policial militar é integrante da CPI do IPTU e da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 43,96%

O elemento número dez: Ricardo Teixeira (PSDB)
É vice-presidente da CE Zona Azul, presidente da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, integrante da Subcomissão de Fretamento, integrante da Corregedoria, e integrante da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude.
Recebeu: R$ 150 mil
Porcentual arrecadado: 26,17%

O elemento número onze: Wadin Mutran (PP)
É líder de Bancada, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, presidente da Corregedoria e integrante da CPI do IPTU.
Recebeu: R$ 50 mil
Porcentual arrecadado: 20,9%

O elemento número doze: Ushitaro Kamia (DEM)
É integrante da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa.
Recebeu: R$ 130 mil
Porcentual arrecadado: 49%

O elemento número treze: Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB)
É líder de Bancada, relator da CPI de Pedofilia, integrante da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais e integrante da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 27,14%

O elemento número quatorze:
Claudinho (PSDB)
É integrante da Corregedoria e da Comissão de Educação, Cultura e Esportes.
Recebeu: R$ 100 mil
Porcentual arrecadado: 27,98%

QUEM VOTOU NOS ELEMENTOS ACIMA RELACIONADOS ? MANIFESTE-SE.

E POR QUE NÃO CHAMÁ-LOS DE ELEMENTOS ?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Chico Cesar.






Respeitem Meus Cabelos Brancos
Composição: Chico César
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar

Dia 20 de Novembro de 2009 será a VI Marcha da Consciência Negra.





A história do Zumbi dos Palmares
Dia 20 de novembro, é o Dia Nacional Consciência Negra, data que consagrou o líder negro Zumbi dos Palmares.
Quem foi Zumbi dos Palmares? Líder do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão que foi assassinado em 20 de novembro de 1695.
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, nas terras da Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. Em pouco tempo, o seu ideal de liberdade e competente organização fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade.
Ate que em 1695, a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu o Quilombo dos Palmares e assassinou Zumbi. Destruiu um território livre símbolo da resistência ao regime escravista e da consciência negra de homens e mulheres em busca da liberdade e da construção de uma nação.
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, foi realizada no dia 20 de Novembro, a Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo pela Igualdade e a Vida reunindo em Brasília cerca de 30.000 pessoas. Zumbi dos Palmares foi oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como herói nacional.
Recuperar o ideário de Zumbi não é apenas rememorar Palmares, mas resgatar um importante exemplo de luta e organização pela emancipação do povo brasileiro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eleições para o Centro Acadêmico dos Estudantes de História da Unicastelo...

A comissão eleitoral para as eleições, formada por Amilton (Tita), Tati e Jonnifer (6° semestre de História do período matutino), informam:
As inscrições das chapas para as eleições do Centro Acadêmico dos Estudantes de História da Unicastelo, vai até o dia 30 de outubro de 2009 (sexta-feira). E a votação ocorrerá entre os dias 03 e 06 de novembro de 2009 (até a primeira sexta-feira de novembro).
Para mais informações favor entrar em contato com a comissão eleitoral.

Murais de Diego Rivera e de Davi Alfaro Siqueiros.


Mural de Diego Rivera - Terra Virgem



Mural de Diego Rivera - Indústria de Detroit



Mural de Diego Rivera - A Grande Cidade de Tenochtitlan



Mural de Diego Rivera - A Civilização Tarasque



Mural de Diego Rivera - A Água na Evolução das Espécies



Mural de Davi Alfaro Siqueiros - No Hospital De La Raza Pela Completa Segurança de Todos os Mexicanos


Mural de: Davi Alfaro Siqueiros - A Nova Democracia

Acontece na Fundação Santo André.


domingo, 25 de outubro de 2009

Debate no CEDEM.


A invisibilidade dos migrantes e a anistia
Debate Cedem/Unesp

A invisibilidade dos migrantes e a anistia será o tema do Debate Cedem/Unesp no próximo dia 29 de outubro, quinta-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP e pela Pastoral do Migrante em São Paulo.
Os imigrantes são a nova face da pobreza no mundo contemporâneo. Segregados socialmente, trabalhando na clandestinidade, são alvo de todo tipo de racismo e discriminação, vivenciando cotidianamente a sensação de estar fora do lugar. A todo momento são chamados a justificar o porque de sua presença num país que não é o seu. Por isso, frequentemente buscam a invisibilidade social, ao mesmo tempo em que a própria sociedade nacional em que se inserem não parece considerar a sua existência.
O pressuposto da cidadania é o reconhecimento de toda pessoa humana como sujeito de direitos, o reconhecimento de sua existência e de sua aparição pública. A anistia é uma porta que se abre àqueles que se encontram na invisibilidade social, por não contarem como nacionais, aqueles que deveriam ser reconhecidos pelo Estado-Nação. Mas é apenas uma porta... O que efetivamente surge quando se abre essa porta? Qual o caminho real a ser trilhado pelos imigrantes para alcançarem a cidadania que eles, de fato, almejam? E que tipo de cidadãos a sociedade brasileira espera que eles sejam?

Debatedores
Sidnei Marco Dornelas
Padre Scalabriniano, Mestre em Ciências Sociais (Institut Catholique de Paris) e Diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM/SP)
Mário Geremia
Padre Scalabriniano e Coordenador do Centro Pastoral do Migrante (CPM/SP)
Ruth Camacho
Advogada e presta serviços de atendimento jurídico no Centro Pastoral dos Migrantes (CPM/SP)

Mediador
Oscar D´Ambrósio
Bacharel em Letras – Mackenzie, Mestre em Artes – UNESP, Crítico de Arte
Graduado em Jornalismo – USP, Escritor e Coordenador de Imprensa da Reitoria da UNESP

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Local: CEDEM/UNESP – Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé)
Quando: 29/10/09 às 18h30 – 5ª feira
(11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

domingo, 18 de outubro de 2009

Nota de esclarecimento sobre os recentes acontecimentos.

14 de outubro de 2009
Nota de esclarecimento sobre os recentes acontecimentos.
Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.
2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.
A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.
3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.
4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.
5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.
6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.
7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.
8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.
9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.
Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.
10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.
À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.
Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.
São Paulo, 9 de outubro de 2009
DIREÇÃO NACIONAL DO MST

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Semana dos (as) professores (as).

Apeoesp comemora semana do (a) professor (a)

Para marcar a passagem da Semana do Professor, que tem no dia 15 de outubro a comemoração do “Dia do Professor”, a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) preparou uma série de atividades. Além de cultura e lazer, a semana do professor também garantirá ações como parte da campanha salarial e educacional em defesa da valorização dos profissionais. Em 16 de outubro, próxima sexta-feira, acontecerá a audiência pública “Jornada e Diretrizes da Carreira Docente”. Organizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), por iniciativa da professora Maria Izabel Azevedo Noronha, presidenta da APEOESP, a audiência discutirá, à luz das alterações propostas pelas leis que instituíram o Fundeb e o Piso Salarial Nacional, a necessidade de alteração da carreira do professor.
No dia 16 de setembro, a APEOESP promoveu na Assembléia Legislativa um seminário para discutir esta questão. Na oportunidade, a professora Maria Izabel apresentou projeto de sua autoria com parecer sobre a reformulação das diretrizes nacionais da carreira para os profissionais da Educação Básica. O seminário acumulou discussões para a audiência pública do próximo dia 16 de outubro. Estão sendo aguardados profissionais do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo para a audiência marcada para o Braston Hotel.

Confira a programação da Semana do (a) Professor (a):

· 13 e 14/10, das 9 às 17 horas: Exposição Artística. Local: Auditório da Sede Central da APEOESP, Praça da República, 282, Centro.

· 14/10, às 20 horas: Palestra do professor Paulo Sandroni: “Algumas Idéias para o Ensino de Matemática”. Local: Casa do Professor (rua Bento Freitas, 71, Centro).

· 15/10, a partir das 9h30: Os professores Antônio Carlos Ronca, da PUC, Sandra Zachia, da Faculdade de Educação da USP, e Fátima Aparecida da Silva, da CNTE, debatem o tema “Avaliação à Luz das Propostas da Secretaria de Estado da Educação”. Ente 14 e 18 horas: Apresentação de corais e violeiros na Praça da República.

· 16/10, às 14 horas: Audiência Pública do Conselho Nacional de Educação, com o tema “Jornada e Diretrizes da Carreira”. Local: Braston Hotel – rua Augusta, 467, Consolação. A partir das 21 horas: Baile de Confraternização no Clube Piratininga, Higienópolis.

· 17/10, a partir das 15 horas: Encontro com sindicalistas. Em pauta, “Conjuntura Nacional e Estadual”. À partir das 19 horas, na Casa do Professor, atividades culturais: sarau, café filosófico, exposição de livros, 50 anos de bossa nova com o grupo Lúmen Serenata.

Solidariedade à luta do MST.

Movimentos sociais, entidades, personalidades do mundo acadêmico e político e representantes da sociedade civil lançam petição em solidariedade à luta do MST

Para assinar a petição online em apoio ao MST acesse
http://www.PetitionOnline.com/manifmst/

Manifesto em defesa da Democracia e do MST

“...Legitimam-se não pela propriedade, mas pelo trabalho,
nesse mundo em que o trabalho está em extinção.
Legitimam-se porque fazem História,
num mundo que já proclamou o fim da História.
Esses homens e mulheres são um contra-senso
porque restituem à vida um sentido que se perdeu...”
(“Notícias dos sobreviventes”, Eldorado dos Carajás, 1996).

A reconstrução da democracia no Brasil tem exigido, há trinta anos, enormes sacrifícios dos trabalhadores. Desde a reconstrução de suas organizações, destruídas por duas décadas de repressão da ditadura militar, até a invenção de novas formas de movimentos e de lutas capazes de responder ao desafio de enfrentar uma das sociedades mais desiguais do mundo. Isto tem implicado, também, apresentar aos herdeiros da cultura escravocrata de cinco séculos, os trabalhadores da cidade e do campo como cidadãos e como participantes legítimos não apenas da produção da riqueza do País (como ocorreu desde sempre), mas igualmente como beneficiários da partilha da riqueza produzida.

O ódio das oligarquias rurais e urbanas não perde de vista um único dia, um desses novos instrumentos de organização e luta criados pelos trabalhadores brasileiros a partir de 1984: o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST. E esse Movimento paga diariamente com suor e sangue – como ocorreu há pouco no Rio Grande do Sul, por sua ousadia de questionar um dos pilares da desigualdade social no Brasil: o monopólio da terra. O gesto de levantar sua bandeira numa ocupação traduz-se numa frase simples de entender e, por isso, intolerável aos ouvidos dos senhores da terra e do agronegócio. Um País, onde 1% da população tem a propriedade de 46% do território, defendida por cercas, agentes do Estado e matadores de aluguel, não podemos considerar uma República. Menos ainda, uma democracia.

A Constituição de 1988 determina que os latifúndios improdutivos e terras usadas para a plantação de matérias primas para a produção de drogas, devem ser destinados à Reforma Agrária. Mas, desde a assinatura da nova Carta, os sucessivos Governos têm negligenciado o seu cumprimento. À ousadia dos trabalhadores rurais de garantir esses direitos conquistados na Constituição, pressionando as autoridades através de ocupações pacíficas, soma-se outra ousadia, igualmente intolerável para os senhores do grande capital do campo e das cidades: a disputa legítima e legal do Orçamento Público.

Em quarenta anos, desde a criação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), cerca de um milhão de famílias rurais foram assentadas - mais da metade de 2003 pra cá. Para viabilizar a atividade econômica dessas famílias, para integrá-las ao processo produtivo de alimentos e divisas no novo ciclo de desenvolvimento, é necessário travar a disputa diária pelos investimentos públicos. Daí resulta o ódio dos ruralistas e outros setores do grande capital, habituados desde sempre ao acesso exclusivo aos créditos, subsídios e ao perdão periódico de suas dívidas.

O compromisso do Governo de rever os critérios de produtividade para a agricultura brasileira, responde a uma bandeira de quatro décadas de lutas dos movimentos dos trabalhadores do campo. Ao exigir a atualização desses índices, os trabalhadores do campo estão apenas exigindo o cumprimento da Constituição Federal, e que os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nas últimas quatro décadas, sejam incorporados aos métodos de medir a produtividade agrícola do nosso País.

É contra essa bandeira que a bancada ruralista do Congresso Nacional reage, e ataca o MST. Como represália, buscam, mais uma vez, articular a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MST. Seria a terceira em cinco anos. Se a agricultura brasileira é tão moderna e produtiva – como alardeia o agronegócio, por que temem tanto a atualização desses índices?

E, por que não é criada uma única CPI para analisar os recursos públicos destinados às organizações da classe patronal rural? Uma CPI que desse conta, por exemplo, de responder a algumas perguntas, tão simples como: O que ocorreu ao longo desses quarenta anos no campo brasileiro em termos de ganho de produtividade? Quanto a sociedade brasileira investiu para que uma verdadeira revolução – do ponto de vista de incorporação de novas tecnologias – tornasse a agricultura brasileira capaz de alimentar nosso povo e se afirmar como uma das maiores exportadoras de alimentos? Quantos perdões da dívida agrícola foram oferecidos pelos cofres públicos aos grandes proprietários de terra, nesse período?

O ataque ao MST extrapola a luta pela Reforma Agrária. É um ataque contra os avanços democráticos conquistados na Constituição de 1988 – como o que estabelece a função social da propriedade agrícola – e contra os direitos imprescindíveis para a reconstrução democrática do nosso País. É, portanto, contra essa reconstrução democrática que se levantam as lideranças do agronegócio e seus aliados no campo e nas cidades. E isso é grave. E isso é uma ameaça não apenas contra os movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, como para toda a sociedade. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que custou os esforços e mesmo a vida de muitos brasileiros, que está sendo posta em xeque. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que está sendo violentada.

É por essa razão que se arma, hoje, uma nova ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade contra o Movimento dos Sem Terra – seja no Congresso Nacional, seja nos monopólios de comunicação, seja nos lobbies de pressão em todas as esferas de Poder. Trata-se, assim, ainda uma vez, de criminalizar um movimento que se mantém como uma bandeira acesa, inquietando a consciência democrática do país: a nossa democracia só será digna desse nome, quando incorporar todos os brasileiros e lhes conferir, como cidadãos e cidadãs, o direito a participar da partilha da riqueza que produzem ao longo de suas vidas, com suas mãos, o seu talento, o seu amor pela pátria de todos nós.

Contra a criminalização do MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA!
Pelo cumprimento das normas constitucionais que definem as terras destinadas à Reforma Agrária!
Pela adoção imediata dos novos critérios de produtividade para fins de Reforma Agrária!

São Paulo, 21 de setembro de 2009

Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, ex-Deputado Federal Constituinte pelo PT-SP (1985-1991) e ex-consultor da FAO
Osvaldo Russo, estatístico, ex-presidente do INCRA (1993-1994), diretor da ABRA e coordenador do núcleo agrário nacional do PT
Hamilton Pereira, o Pedro Tierra, 61, é poeta e membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo
Antônio Cândido, crítico literário, USP
Leandro Konder, filósofo, PUC-RJ
István Mészáros, Hungria, filósofo
Eduardo Galeano, Uruguai, escritor
Alípio Freire, escritor
Fábio Konder Comparato, jurista, USP e Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra
Fernando Morais, jornalista e escritor
Dr. Jacques Alfonsin, jurista, Porto Alegre
Altamiro Borges, PCdoB
Nilo Batista, jurista
Alberto Broch, Presidente da CONTAG
Artur Henrique, Presidente da CUT
Augusto Chagas, Presidente da UNE
Bartira Lima da Costa, Presidente da CONAM
Ivan Pinheiro, secretário geral do PCB
Ivan Valente, Deputado Federal PSOL - SP
José Antonio Moroni, diretor da ABONG e do INESC
José Maria de Almeida, CONLUTAS, presidente do PSTU
Nalu Faria, coordenadora geral da Sempreviva Organização Feminista – SOF e integrante da executiva nacional da Marcha Mundial das Mulheres.
Paulo Pereira da Silva, Deputado Federal PDT-SP e presidente da Força Sindical
Renato Rabelo, presidente do PC do B
Renato Simões, Secretário de Movimentos Populares do PT
Roberto Amaral, ex Ministro da Ciência e Tecnologia, Secretário Geral do PSB
Sérgio Miranda, PDT - MG
Valter Pomar, Secretário de Relações Internacionais do PT
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Dom Ladislau Biernaski, Presidente da CPT
Dom Pedro Casaldáliga, Bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia – MT
Dom Tomás Balduino, conselheiro permanente da CPT
Frei Betto, escritor
Leonardo Boff, escritor
Reverendo Carlos Alberto Tomé da Silva, TSSF, Anglicano, Capelão Militar
Miguel Urbano, Portugal, jornalista
Anita Leocádia Prestes, historiadora, UFRJ
Beth Carvalho, sambista
Adriana Pacheco, Venezuela, ViveTV
Adelaide Gonçalves, historiadora, UFCE
Ana Esther Ceceña, UNAN
Antonio Moraes, Federação Única dos Petroleiros - FUP
Associação Brasileira de ONG's – ABONG
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)
Chico Diaz, ator
Cândido Grzybowski - IBASE
Comitè italiano de apoio ao Movimento Sem Terra (Amigos MST-Italia)
Antônio Carlos Spis, CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais)
Dora Martins, juíza de direito, e presidenta da Associação de Juízes pela Democracia
Emir Sader, sociólogo, LPP/UERJ
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB)
Hamilton de Souza, jornalista, PUC-SP
Heloísa Fernandes, socióloga, USP e ENFF
Jose Arbex, jornalista, PUC-SP
Maria Rita Kehl, psicanalista, São Paulo
Osmar Prado, ator
Paulo Arantes, filósofo, USP e ENFF
Vandana Shiva, Índia, cientista
Virginia Fontes, historiadora, UFF/Fiocruz
Vito Gianotti, jornalista e historiador, Núcleo Piratininga de Comunicação - Rio de janeiro

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Manifesto de Repúdio a todo e qualquer tipo de preconceito/discriminação. Neste texto casos de discriminação racial.

Neste texto, quero abordar assunto de relevância de nossa sociedade, e que, por muitas pessoas é sempre evitado. São os preconceitos que são disparados para todos os lados e que somos diariamente obrigados a conviver, criando assim uma ilusão de atitude natural. As falas em cima disto são quase sempre que os preconceitos sempre existiram e vão sempre existir. Discordo desta fala, pois dá a impressão de que qualquer atitude é em vão e mero desgaste de tempo. Se manter omisso não leva a nada, e mais, aqueles que não se posicionam deixam margem para que outros tomem posições em seu lugar!
Trato aqui de contar fatos que aconteceram em nossa "sociedade maravilhosa". O assunto é umas das formas de preconceito "comum" em nossa sociedade. Porém, "comum", não quer dizer natural (e se isto se naturalizou, devemos, juntos, desconstruir): discriminação racial dentro do âmbito da universidade.
Presenciei um ato de racismo quando, por meio de palavras um aluno do curso de historia disse ao outro: "VOLTA PARA A ÁFRICA, POIS LÁ É SEU LUGAR!" Por simplesmente não aceitar um relatório feito em cima de seu seminário, não concordando com o relator. Este, já formado em pedagogia, elogiou e criticou alguns pontos do seminário, mas em nenhum momento se referiu com elogios ou críticas ao aluno de atitude racista. Este, por sua vez, começou a espalhar boatos sobre a falta de capacidade do relator em julgar o seminário. Quando a conversa chegou ao relator, de imediato ele quis conversar com o aluno que, alterado, começou a dizer que o relator não era capaz de comentar o seminário. Então, o relator disse tranquilamente: "desta forma não tem conversa, baixa o seu tom de voz!" Mas não adiantou, pois o aluno continuou alterado. Neste momento, disse o relator: "não estamos na quinta série." E, o aluno alterado disse GRITANDO: "VOLTA PARA A ÁFRICA, POIS LÁ É SEU LUGAR!"
"Parece comum em uma discussão... foi num momento de calor...", vão dizer por aí... Mas só quem ouviu é quem sabe como isto age dentro da gente. Tente lembrar de alguma discriminação que você já sofreu, que marcou e, qual foi sua atitude ? Você agiu com passividade ? Isto mudou a maneira que você e tratado hoje ?
Um pequeno depoimento do relator: "A passividade, neutralidade, conformismo e complacência e relevância, são ações comuns do cotidiano demarcadas por falas e posicionamentos racistas. É comum nos omitirmos a falas vexatórias e ofensivas, como ação possibilitadora da política de boa convivência. Uma vez ouvi dizer que palavras ditas ficam permanentes em nossos pensamentos, em nossos sentimentos, em nossas memórias, em nossa trajetória de vida."
"Vigilante das Casas Bahia assassina covardemente cliente negro.
O crime se deu visivelmente por motivos racistas. Caso semelhante aconteceu em dezembro de 2006, quando o também negro e jornaleiro, Jonas Eduardo Santos de Souza foi morto por um segurança do banco Itaú. O jornaleiro foi barrado na porta automática do banco e depois de tirar alguns objetos, recusou a tirar o cinto e as calças, iniciando uma briga com o segurança que atirou a queima-roupa no peito de Jonas, que foi socorrido e morreu logo em seguida."
"O segurança Natalício Martins foi absolvido seis meses depois."
"Alberto, que trabalhava como metalúrgico, pediu para sair mais cedo do serviço e foi com a namorada e um amigo na loja para comprar um colchão de casal. O jovem iria casar no final de 2009 e tinha uma filha de cinco meses. Segundo sua irmã, a advogada Tatiane Silva Milfonti, o irmão foi buscar a nota fiscal com a sua namorada que se encontrava no caixa da loja e minutos depois se iniciou uma nova discussão: “Eu sou cliente, não sou ladrão”, disse ele ao segurança ao voltar com a nota fiscal da loja. O segurança que já havia sacado o revolver começou a provocar Alberto dizendo: “você quer que eu atire em você?“. “Meu irmão disse: “Se você quiser atirar...” Aí ele perguntou: “Você duvida? “ e meu irmão falou: “Duvido”. “Aí ele pegou e atirou”, disse a irmã de Alberto. Segundo ela o fato aconteceu dentro da loja. O jovem foi socorrido e levado para o Hospital de Campo Limpo, mas não resistiu e morreu."
"A morte de Alberto não é um caso isolado, mas sim um conjunto de violência e racismo contra os negros e a população pobre do país, que onde quer que estejam, são sempre suspeitos por algum crime, enquanto os crimes cometidos pela burguesia ficam sempre impunes."
"Coloco aqui mais um caso de racismo e violência que atingiu um funcionário da USP no estacionamento do Carrefour em Osasco. O homem por ser negro foi tomado por bandido quando tentava entrar no próprio carro e, foi espancado e torturado pelos seguranças do mega-mercado. A polícia chegou e completou o quadro com mais atrocidades racistas e negação de socorro. E depois falam que não existe racismo no Brasil, que somos todos iguais… piada de mal gosto."
"Conto aqui alguns casos de racismo, mas quero colocar que muito além do racismo, todas as formas de discriminação, como a sofrida por homosexuais, pessoas obesas, pobres de lugares e estados diferentes se omitida apenas reforça a idéia de que e natural ser discriminado!"
Assina este texto: Coletivo Cala a Boca.

A galera do Cursinho Comunitário Chico Mendes e da Unicastelo na visita à Escola Nacional Florestan Fernandes. Escola dos Trabalhadores (as).








Lembranças de Clarice.

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Eldorado dos Carajás.

Altamiro Ricardo da Silva recebeu dois tiros na cabeça e um na perna.
Antônio Costa Dias, um tiro no tórax.
Raimundo Lopes Pereira foi vitimado com três tiros: dois na cabeça e um no peito.
Leonardo Batista de Almeida foi atingido por uma bala na testa.
Graciano Olímpio de Souza, dois tiros, sendo um na nuca e outro no peito.
A necropsia no corpo de José Ribamar Alves de Souza mostrou que ele recebeu dois tiros e um deles, na cabeça, foi à queima-roupa.
Ao atirarem em Manoel Gomes de Souza, os autores queriam matar o rapaz. A prova são os três tiros disparados que atingiram a testa e o abdômen, regiões altamente letais.
Lourival da Costa Santana foi atingido no coração.
Antônio Alves da Cruz levou um tiro no peito e teve ferimentos com arma branca. O laudo apontou como causa morte uma hemorragia interna e externa com explosão do coração e do pulmão esquerdo por instrumento corto contundente.
Abílio Alves Rabelo morreu com três tiros, dois no pescoço e um na coxa direita.
João Carneiro da Silva teve morte por esmagamento do crânio, indicando Ter sido ele vítima de extrema violência e crueldade. Ao prestar depoimento, Luiz Wanderley Ribeiro da Silva revelou que viu um policial militar atacar João Carneiro com um pau, que foi introduzido na cabeça da vítima, partindo-a e expondo os seus miolos.
Antonio, conhecido apenas como “Irmão”, morreu com um tiro na nuca.
João Alves da Silva levou dois tiros: um na cabeça, por trás, e um na canela direita. A trajetória do projétil que o atingiu na região temporal fez um percurso de cima para baixo e de trás para diante, indicando Ter sido ele alvejado quando se encontrava no chão.
Robson Vitor Sobrinho levou quatro tiros – dois pelas costas e à queima-roupa, na altura do tórax, um no braço e outro no rosto – enquanto estava no chão.
Amâncio Rodrigues dos Santos recebeu três tiros, sendo um na cabeça, um na parte pélvica e um na região axilar.
Valdemir Pereira da Silva levou um tiro no peito.
Dois tiros atingiram o peito e um a região axilar direita de Joaquim Pereira Veras. A trajetória de entrada do projétil na axila mostra que a vítima encontrava-se num plano inferior ao agente que disparava a arma de fogo.
João Rodrigues Araújo foi atingido por um tiro no braço direito e morreu devido a hemorragia pelo seccionamento da artéria femural esquerda pelo uso de arma branca.
Esses 19 homens foram assassinados na tarde de 17 de abril de 1996, em Eldorado dos Carajás, Pará. Seus algozes foram 155 policiais, divididos em dois grupos. O primeiro, saído de Paraupebas e comandado pelo major José Maria Pereira de Oliveira, era composto por 69 homens armados com 2 metralhadoras 9 mm, 1 revólver calibre 38, 10 revólveres calibre 32 e 38 fuzis calibre 7,62. Ocuparam uma das extremidades do Km 96 da Rodovia PA-150.
A outra tropa veio de Marabá. Era comandada pelo coronel Pantoja, comandante da operação, e tomou conta do outro lado da estrada. Seus 85 policiais militares estavam armados com 8 submetralhadoras 9 mm, 6 revólveres calibre 38, 1 revólver calibre 32, 28 fuzis calibre 7,62, 29 bastões e 14 escudos.

Debate no CEDEM.

Das ligas camponesas à anistia
Debate Cedem/Unesp 15/10/09

Das ligas camponesas à anistia: memórias de um militante trotskista (Fundação de Cultura Cidade do Recife e editora Bagaço – 2007, livro de Aybirê Ferreira de Sá, será o centro do debate no próximo dia 15 de outubro, quinta-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.
“Sei que escrevi conscientemente, pelo menos a minha verdade. Se pelo menos este livro servir de base para reflexão e autocrítica de nossos militantes revolucionários, seja de que tendência for, creio que atingi meu objetivo. Os fatos estão aqui expostos da forma mais clara. Admito que as análises e conclusões possam ser diferentes, mas os fatos em si, não”.
Aybirê neste relato de sua experiência de 25 anos como militante político brasileiro, do pré ao pós-1964, contribui para jogar luz sobre a resistência popular, a vida subterrânea das organizações de esquerda, as articulações políticas ocorridas nos bastidores e a ação clandestina dos órgãos de repressão. A obra conta a história da resistência política no período militar, a partir de fatos vivenciados por ele enquanto ex-preso político, militante de esquerda, jornalista e escritor. São 283 páginas abordando o tema e mais um vasto registro fotográfico, contendo o próprio Ayberê nas fotografias.
Ele narra fatos, dá opiniões envolvendo o movimento estudantil secundarista no Recife, em meados dos anos 1950, e comenta outras lutas como a da conquista do abatimento de 50% nos valores cobrados nos transportes coletivos. Relata também sobre as Ligas Camponesas em Pernambuco, o Movimento Revolucionário Tiradentes, o Partido Operário Revolucionário Trotskista - PORT, a prisão, a tortura, a luta democrática dos presos políticos, o Movimento pela Anistia e o período da abertura política. O livro é um exemplo para que outros militantes, com suas experiências de luta nos movimentos sociais de esquerda, organizem suas memórias e colaborem com os historiadores para a construção de uma nova realidade em prol da liberdade e da justiça social.

Expositor
Aybirê Ferreira de Sá
Inicia sua atuação no movimento estudantil secundarista no Recife no início da década de 1950
Militante do PORT até o início da década de 1980, participou das Ligas Camponesas até ser preso após o golpe militar de 1964
Esteve preso por 3 anos na década de 1970, participou do Movimento pela Anistia no Rio Grande do Sul

Debatedores
Cláudio Cavalcanti
Graduado e Doutorado em Sociologia - USP
Editor de livros didáticos da Editora Àtica
Murilo Leal
Doutor em História Social - USP, Coordenador do Curso de História da FACCAMP e Professor de História da UNG
Autor do Livro: "À esquerda da esquerda-Trotskistas,comunistas e populistas no Brasil Contemporâneo (1952-1966)"

Mediador
Tullo Vigevani
Doutor em história social - USP, Pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec)
Colabora com diferentes instituições e participa de diversos conselhos editoriais de publicações
Professor da UNESP e atua na área de ciência política, com ênfase em relações internacionais

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br

Quando: 15/10/09 às 18h30 – quinta-feira
Local: CEDEM/UNESP – Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé)
(11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

Curso sobre a Cultura Árabe.

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