domingo, 24 de janeiro de 2010

Poesia

Desconstrução

Mortos vivos do passado
e vivos mortos do presente
Não todos...
...destruindo o nosso presente e futuro e passado
Concreto e abstrato
Era exatamente aquilo que querias ver
Desgravado, desamado, desconectado
No chão, pisado, massacrado, engolido,
Veja as nossas entranhas no almoço vespertino,
Silêncio de menino
Sentados no medo repentino
Sabes lá que estão dizendo de nós por aí neste momento
O tradicional é o tradicional, diz o conserva,
Não se muda o que está posto e dado,
Desgraçado
Vindes a nós dizer que somos loucos,
Deslocado
Diz que vamos alterar todos os tratados de física mecânica,
hermenêutica, historiografia positivista, relatividade física,
mecânica quântica
Cálculos inimagináveis, e tudo o que possa desregular suas
Agradáveis tardes de domingo no jockey clube san fashion paraíso cite nite clube eternamente...será
Vá se enfiar noutras questões seu amplo objeto descartável da economia de mercados futurísticos desenfreada máquina de consumir objetos
Será desconstruída sua construção que pensa balizar nossa dimensão
Nosso calo é grande e o suor inunda, mas ainda dançamos um sambatango de leve, pouco ali, pouco aqui,
Vez em quando somos apenas o vento que passa e ninguém vê,
Mas estamos ali, sentados de lado a lado, nas filas de emprego ou trabalho e outras várias afins
Correndo com o nosso carro de madeira do mercadão municipal cheio de frutas das
mais variadas para a família dos jardins...(e de outros lugares muitos)
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Cristiano Pereira de Andrade

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